Que 2020 foi pesado, não há como negar. Mas nem tudo é derrota, especialmente quando falamos de mulheres sensacionais. Nesse último dia do ano, uma homenagem e um reconhecimento para mulheres especiais que fizeram de 2020 um anos menos pesado.
Na Paraíba:
Bixarte
Negra, travesti e dona da p*rra toda, Bixarte mostrou com quantos versos se faz uma revolução. Vencedora do 3º Festival de Música da Paraíba, ainda foi selecionada no Edital Natura Musical em 2021 e vai gravar um disco. Se tem alguém que pode, é ela. Vai ter travesti preta e paraibana brilhando na música sim!
Maria Valéria Rezende
Escritora, pedagoga e mestre em sociologia, Maria Valéria lançou o livro “Cartas à Rainha Louca” que concorreu ao Prêmio Jabuti, o maior prêmio de literatura do Brasil, e foi uma das vencedoras do Prêmio Oceanos.
Maísa Félix
Coordenadora das Delegacias da Mulher na Paraíba, Maísa Félix sempre foi um símbolo do trabalho na defesa e proteção das mulheres vítimas de violência. Em 2021, sua atuação ganhou destaque nacional quando venceu 3ª edição do “Prêmio Viva 2020”, realizado pelo Instituto Avon e Marie Claire, que reconhece e homenageia todas as pessoas que se destacaram neste ano por sua atuação na defesa dos direitos femininos pelo Brasil. Merecidíssimo!
Jô Oliveira
Primeira vereadora negra eleita para a Câmara Municipal de Campina Grande, Jô foi um sopro de esperança num país tomado pelo conservadorismo. Filha de empregada doméstica e sem qualquer relação com oligarquias, Jô mostrou à Paraíba e ao Brasil que é possível fazer política popular.
Júlia Lúcia da Silva
Júlia Lúcia é professora da rede pública na comunidade Timbaúba, zona rural do município de Frei Martinho e foi destaque mundial por suas práticas de ensino durante a pandemia da Covid-19. Júlia foi uma das três brasileiras premiadas pela Unesco na campanha “Dia dos Professores 2020”. Ela representa todas as profissionais que se tornaram símbolo da dedicação e amor à profissão.
Enfermeiras, médicas e profissionais de saúde
Elas estavam na linha de frente, sobrecarregadas, expostas ao risco, longe da família. Só na Paraíba, o percentual de enfermeiras mulheres chega a 91% do contingente desses profissionais. Nossas mais sinceras homenagens e nosso profundo agradecimento.