Imagina a situação. Enquanto você está viajando, chega até sua casa um lindo buquê de flores junto com um pacote. Você chega de viagem, mas tem que ir trabalhar e deixa pra abrir o pacote depois. Quando abre, uma bomba explode, destrói o telhado da sua casa e ainda arremessa seu filho à um metro de distância.
Foi o que aconteceu com Edileuza Ramalho, moradora da cidade de Francisco Morato, na Grande São Paulo. O “presente” chegou até sua casa dia 2 de janeiro, mas ela só abriu na noite da última terça-feira, dia 5. Edileuza está internada, em observação, na Santa Casa de Misericórdia de Francisco Morato. O caso foi registrado na Delegacia Central do município.
O filho da vítima contou que a mãe suspeita que a bomba tenha sido entregue por um ex-namorado. Ela terminou o relacionamento em dezembro ao descobrir que ele era casado e, segundo o filho, o homem não aceitou o rompimento.
As formas de intimidar, ferir e matar uma mulher são inimagináveis. Diariamente presenciamos o quão danosa é a cultura machista que estamos inseridas. Precisamos parar de atribuir atos como esses à indivíduos transtornados. Não são ações puramente particulares e isoladas, são forjadas dentro de um contexto em que mulheres são vistas como propriedade, e isso se espalha mais que o vírus da covid.
da redação, com informações do G1