É um contrassenso acreditar no poder terapêutico e medicinal da maconha (uma erva ainda tão marginalizada), e não acreditar na vacina contra a Covid. Tanto a erva, quanto a vacina, passaram por pesquisa e comprovação cientifica, e é ainda mais surpreendentes que pessoas que se colocaram contra toda propaganda enganosa contra a maconha, caia numa fake news sobre a vacina. Mas seres humanos são estranhos e um um grupo de ativistas dos EUA, DC Marijuana Justice (DCMJ), quer encorajar pessoas que estão céticas com a eficácia da vacina através da doação da erva.
“Se você acredita na ciência que aprova o uso da cannabis medicinal, você deve acreditar na ciência que garante a eficácia da vacina”, disse Adam Eidinger, um dos fundadores do grupo. A iniciativa, nomeada de Joints for Jabs (Baseados por Picadas), deve começar assim que as clínicas de Washington DC abrirem, de acordo com a organização.
“Queremos celebrar de maneira segura o fim da pandemia e não conhecemos nada que aproxime mais as pessoas que a cannabis”, disse Nikolas Schiller, outro fundador do grupo, para a revista Forbes. “O DC Marijuana Justice acredita que a maconha deva ser consumida de maneira segura e responsável, e a pandemia tornou incrivelmente difícil para muitos adultos poderem compartilhar sua maconha plantada em casa”, disse ele.
“Quando adultos suficientes forem inoculados com a vacina contra a COVID-19, será tempo de celebrar – não só o fim da pandemia, mas o início do fim da proibição da produção de maconha nos Estados Unidos”. Os planos do DCMJ para uma doação ainda maior de maconha, para celebrar a posse do presidente-eleito Joe Biden, foram adiados até que a pandemia esteja sob controle e seja seguro formar grandes aglomerações novamente.
O grupo espera que o evento possa ser feito em julho. Porém, a doação será feita de um jeito diferente das que ocorreram nos anos anteriores. Ao invés de distribuir cigarros prontos, os ativistas vão doar saquinhos com maconha. E há uma boa razão para isso: “Quatro anos atrás, nós demos mais de 10 mil baseados – e lambemos eles para fechar”, disse Eidinger. “Hoje, achamos que isso é um problema”.
da redação, com UOL