Prestem atenção nessa história:
Cristiane Arena era mãe de uma menina quando casou com Fabrício Buim, e tiveram mais uma filha. Cristiane e a filha mais nova, de apenas 9 anos, estavam desaparecidas desde novembro de 2020. Desde então, Fabrício vivia na casa da família com a filha mais velha, de 16 anos.
No início de fevereiro desse ano, a partir de uma denúncia anônima, a polícia foi até a casa averiguar uma suposta situação de abuso sexual e cárcere privado. Chegando na residência, os agentes estranharam uma reforma na casa: havia um contra piso de concreto no quintal. Lá, encontrou o corpo de Cristiane. A filha adolescente, indicou o local onde estava enterrada a irmã caçula. Fabrício imediatamente foi apontado como principal suspeito do crime, além de violentar e sequestrar a filha mais velha.
Mas aí veio a reviravolta. A adolescente de 16 anos foi apreendida suspeita de participar do assassinato da mãe e da irmã de 9 anos, e teria combinado o crime com o padrasto por estar apaixonada por ele, informou o delegado da Polícia Civil responsável pela investigação.
O caso aconteceu na cidade de Pompéia, em São Paulo.
Fabrício foi capturado pela polícia na última segunda-feira (8), e em depoimento, detalhou que matou a esposa primeiro em uma briga, em suposta legítima defesa, com um golpe de faca. Em seguida, admitiu que matou a menina asfixiada com a mão quase um mês depois porque ela estaria questionando sobre a ausência da mãe.
“Primeiro ele matou a mulher porque a filha não gostava da mãe, e já tinha rixa com ela. Eles estavam apaixonados. E aí depois mataram a menina, não porque ninguém gostava da menina, mas para ocultar o crime. A morte da menina foi para não vir à tona o primeiro homicídio”, esclarece o delegado.
A principal linha de investigação da Polícia Civil é que a adolescente apreendida mantinha um envolvimento amoroso com o padrasto. Por isso, além do duplo homicídio e ocultação de cadáver, Fabrício é investigado por estupro de vulnerável pois teria abusado sexualmente da enteada mais velha há vários anos.
A adolescente negou participação no crime, mas a polícia acredita que ela deu cobertura ao padrasto e ajudou a enterrar os corpos. Segundo o delegado, ela indicou à polícia o local exato onde estava enterrado o corpo da irmã.
“Ele [Fabrício] confirmou que mantinha um relacionamento com ela [a adolescente] a partir do momento que ela fez 15 anos, em 2019. A partir daí, eles começaram a conviver praticamente como marido e mulher e o relacionamento dele com a esposa Cristiane foi enfraquecendo”, conta o delegado.
Fabrício segue preso, e a adolescente, apreendida.