Em todo o ano de 2020, 10 grávidas (e puerpérias) paraibanas faleceram em decorrência da Covid-19. Só nesses primeiros meses de 2021, foram 5 mortes maternas, sendo 3 delas por conta da Covid, número que corresponde a 60% dos óbitos. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde e apontam para um alerta grave.
O Brasil foi campeão em mais uma amarga estatística: foi o campeão mundial de mortes de grávidas e puerpérias por consequência da Covid. Os dados mais recentes são de julho de 2020, e apontam que, de todas as mortes maternas que ocorreram no mundo, 77% delas eram de mulheres brasileiras. Se esses números não assustam, temos um problema grave.
Ainda em abril de 2020, quando a pandemia do novo coravírus começou a atingir diretamente o Brasil, o Ministério da Saúde incluiu gestantes e puérperas no grupo de risco para a doença — ou seja, para o grupo de pessoas que têm mais chance de que a doença evolua para quadros graves. De acordo com informações da pasta, todas as grávidas ou mulheres que deram à luz estão mais suscetíveis aos efeitos da covid-19 por até 45 dias após o parto. Antes, vinham sendo consideradas grupo de risco apenas gestantes de alto risco.
O caso de Joyce Rodrigues, de Santa Rita, é emblemático. Ela não tinha nenhuma doença pré existente e começou a apresentar os primeiros sintomas da doença no início do mês de maio. Precisou ser internada às pressas, e na noite do dia 25 do mesmo mês, teve uma parada cardíaca. Os médicos fizeram uma cesariana de emergência, mas nem ela nem o bebê, resistiram.
As grávidas são sim um grupo de risco. Independente de decretos governamentais, é preciso ligar o sinal vermelho. O vírus não respeita decretos, nem normas, nem toque de recolher.
Se previnam, fiquem em casa, só saiam se for muito necessário. Se forem sair, usem máscara, não aglomerem e redobrem os cuidados com a limpeza das mãos.
Taty Valéria
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