Vereador é acusado de assédio sexual contra adolescente: “foi horrível!”

Uma adolescente de 17 anos que trabalhava numa farmácia pertencente à um vereador. Até que no dia 31 de março, as coisas saíram do controle.

“Fiquei por quatro meses com carteira registrada. Nesse tempo, ele já havia falado algumas coisas, como elogios. Eu trabalhava de uniforme, calça e tênis sempre, e até as minhas calças ele elogiava. Me incomodava, eu ficava meio sem graça, saía de perto e continuava meu serviço. Sempre procurei estar ocupada lá dentro”, diz a adolescente, que continua.

“Já estava quase na hora de eu sair, só estávamos nos dois na farmácia. Entrei na cozinha para beber água e ele foi atrás. Eu estava de costas e ele veio e me segurou por trás. Não me deixava sair, eu falando que não queria, tentando empurrar, tentando sair daquele lugar. Já ficando muito desesperada. Ele tentou me beijar, dizia que estava sendo carinhoso comigo. Foi horrível. Nunca passou pela minha cabeça viver isso. Com 17 anos, só estava pensando na minha faculdade”.

O caso aconteceu em Cerquilho, interior de São Paulo, e o vereador em questão é Fulvio Cuba do Amaral (PSDB). A defesa do vereador disse que Fúlvio é inocente e que ele fez um boletim de ocorrência de calúnia e difamação contra a ex-funcionária, o que chega a ser irônico, uma vez que o próprio vereador entrou em contato com a vítima pedindo desculpas, dizendo que tem esposa e filhos e que foi tudo uma “brincadeira”.

A adolescente registrou um boletim de ocorrência por assédio sexual e um pedido de cassação do vereador foi protocolado na tarde desta quarta-feira (28) pela defesa da adolescente. O Legislativo tem o prazo de 90 dias para análise do pedido.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi investigado pela Delegacia de Cerquilho, o inquérito foi concluído e já encaminhado ao Poder Judiciário.

 

Com informações do G1

 

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