Em julho de 2018, a advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, foi encontrada morta após queda do 4º andar de um prédio. O marido dela, Luis Felipe Manvailer, foi detido um dia depois, após sofrer um acidente de carro. À época, Luis Felipe afirmava que Tatiane teria se jogado do prédio. O laudo do IML atestou asfixia mecânica como causa da morte da Tatiane. O caso aconteceu em Guarapava, no Paraná.
Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram agressões do marido suspeito pela morte da advogada Tatiane.
Preso desde 2018, e desde então insistindo que não causou a morte da esposa, Luis Felipe Manvailer foi finalmente condenado por feminicídio, após sete dias de julgamento. A pena é de 31 anos, 9 meses e 18 dias: 30 anos por homicídio qualificado, e mais 1 ano, 9 meses e 18 dias por fraude processual. A justiça ainda determinou o pagamento de R$ 100 mil aos pais de Tatiane por danos morais.
Ainda cabe recurso, mas Luís Felipe não vai recorrer em liberdade.
O advogado que defende a família de Tatiane Spitzner, Gustavo Scandelari,afirmou que considera o resultado um marco na luta contra o feminicídio.
“A sentença de condenação é uma satisfação à família. É um recado claro da sociedade guarapuavana e de todos os cidadãos e cidadãs brasileiras contra a violência de gênero e todas as formas de violência doméstica. Os jurados entenderam claramente que era um caso de condenação, baseado em muitas provas. O Poder Judiciário atribuiu uma pena proporcional, justa, e ficará registrado para que motive cada vez mais ações, para que encoraje pessoas a denunciarem casos de violência contra às mulheres”, pontuou Scandelari.