Você viu aqui que Luis Felipe Manvailer foi finalmente condenado por assassinar a advogada Tatiane Spitzner, após sete dias de julgamento.
A defesa de Luis Felipe, no entanto, conseguiu transformar o julgamento num circo de horrores. Numa tentativa de demonstrar que as agressões do acusado não teriam causado a morte de Tatiana, o advogado Cláudio Dalledone Junior, defensor de Felipe, agrediu fisicamente uma colega de profissão. A justificativa foi usar um recurso retórico para convencer o júri.
ATENÇÃO: IMAGENS FORTES
O caso tanto não é uma simulação que o advogado faz questão de apresentar aos jurados as marcas que suas agressões deixaram no pescoço de sua colega, tentando-os convencer que seu cliente agrediu, sim, a mulher, mas que aquele tipo de agressão, igual à cometida por ele em plenário, não mata.
Uma simulação não deixa marcas simplesmente porque ela não é um fato verdadeiro, mas algo que imita um fato.
Ao que tudo indica, essa advogada foi levada ao plenário apenas para ser chacoalhada violentamente pelo seu chefe, uma vez que ela não falou nenhuma palavra ao longo de todo o julgamento.
Os advogados chegaram a gravar um vídeo em que o advogado Dalledone tenta explicar o ato e diz que foi uma simulação. Advogada diz que não se sentiu subjugada. O vídeo não tem contem agressões físicas, mas é igualmente violento. A advogada ainda se diz “honrada”. Quantas violências cabem nessas imagens?
Quantas violências as mulheres são capazes de suportar?
Com informações da coluna de Isabela Del Monde, para UOL
Leia mais:
Caso Tatiane: Justiça condena marido que matou advogada estrangulada a 31 anos de prisão