Das tragédias que se abateram sobre o Brasil nos últimos anos, o combo de uma doença pandêmica aliada à um governo negacionista se tornou o centro de todas as atenções. É justo. No entanto, as tragédias históricas e culturais, tão brasileiras quanto o futebol e o samba, continuam a acontecer e se perpetuar.
Um bebê de apenas um mês foi encontrado morto dentro de uma casa em Jequié, no sudoeste da Bahia. A mãe da criança é uma menina de 11 anos de idade. A Polícia Civil investiga a morte do bebê e as circunstâncias em que a garota engravidou.
Segundo a polícia, no último sábado (22), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado por vizinhos. Ao chegar ao local, a equipe encontrou o bebê morto.
De acordo com o Samu, a morte da criança provavelmente foi natural, porém, a causa está sendo investigada. O bebê não tinha registro de nascimento.
Os profissionais de saúde perceberam no local que a mãe era uma criança e acionaram a polícia. De acordo com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jequié, ela tem somente 11 anos de idade. A situação, que se enquadra como crime de estupro de vulnerável, também passou a ser investigada pela polícia.
Até o momento, essas são as únicas informações que dispomos, mas elas são mais que suficientes para ilustrar nossa total catástrofe enquanto tentativa de nos estabelecermos enquanto sociedade civilizada.
Quantas meninas estão sendo destruídas nesse exato momento? O que é possível fazer? Qual nossa responsabilidade nesse processo?