Desde o último levantamento do quadro da doença em crianças e adolescentes, realizado pelo Paraíba Feminina em em 25 de maio de 2021, houve um aumento de 25% no número de infectados entre 0 e 19 anos de idade. Até o dia 25 de maio, os dados epidemiológicos da SES apontavam que um total de 32.671 crianças e adolescentes se infectaram com a doença. O número saltou nesta terça-feira, 22 de maio, para 40.947: sendo 13.881 crianças de até 9 anos; e 27.066 até os 19 anos.
Em relação aos pacientes graves, o aumento foi um pouco menor, cerca de 8%: em maio, os números apontavam 529 crianças e adolescentes em estado grave. De acordo com o último dado disponível, foram 573 pacientes que precisaram de internação.
Foram registrados 19 óbitos entre crianças e adolescentes, desde o início da pandemia.
Vale destacar que o primeiro levantamento compreendia os meses de março, abril e maio. Nesse atual, corresponde a pouco menos de um mês, o que demonstra um avanço significativo da doença entre essa faixa etária.
Após mais de um ano do início da pandemia do novo coronavírus, algumas impressões iniciais sobre a Covid-19 se mostraram equivocadas. Entre elas, a de que a doença só atingia pessoas idosas e com doenças crônicas, e que as crianças e adolescentes estariam imunes.
Mas, à medida que os mais jovens foram expostos ao vírus, eles também começaram a se contaminar e desenvolver formas mais graves e fatais da doença. Desde o começo da pandemia no Brasil, em março de 2020, mais de mil crianças e adolescentes já morreram de Covid-19, de acordo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde.
Apesar de raros, casos graves e mortes de crianças por Covid-19 podem ocorrer, e a maioria está relacionada à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). A SIM-P pode se manifestar em até 4 semanas depois da contaminação inicial pelo SARS-CoV-2 e é caracterizada por febre persistente e inflamação em diversos órgãos, como o coração, o intestino e, em menor grau, os pulmões. A enfermidade também leva a dores abdominais, insuficiência cardíaca e convulsões.