Finalmente! Conselho determina interdição de médico acusado de cometer mais de 100 abusos

O Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira (3), a interdição cautelar total e temporária do médico Klaus Wietzke Brodbeck, suspeito de abusar de ao menos 127 mulheres no Rio Grande do Sul. A determinação é do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers).

Segundo o órgão, a decisão foi feita na sessão plenária extraordinária do dia 29 de julho, mas foi publicada em edição do Diário desta terça. O Cremers havia aberto uma sindicância para apurar a conduta do médico.

A medida impede Klaus de exercer a medicina até as investigações do Conselho serem concluídas. Para ter o registro cassado definitivamente, Klaus precisa ser condenado em duas instâncias do Cremers e ainda ter a pena confirmada pelo Conselho Federal em Brasília

Em 20 anos, o cirurgião respondeu a 23 processos disciplinares no Conselho do RS. Em dois deles, foi condenado à cassação do registro, mas ambas as penas foram revertidas pela instância superior na Capital federal.

O advogado de Klaus, Erial Lopes de Haro, afirma que a interdição é “unilateral” e “adotada em casos de grande repercussão” e “sem qualquer manifestação de defesa do médico acusado”.

“No prazo legal, apresentaremos a defesa e o competente recurso ao Conselho Federal de Medicina. A verdade será restabelecida”, diz.

Relembre o caso

Klaus Wietzke Brodbeck é um cirurgião plástico que atende em Porto Alegre. Ele tinha registro profissional ativo desde 1990.

As mulheres que denunciaram são de diversas regiões do Rio Grande do Sul e de outros estados do Brasil, como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

O homem também é suspeito de manter relações sexuais com uma paciente sedada, após cirurgia. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher apura os crimes de estupro de vulnerável, assédio sexual e importunação sexual. Uma investigação por erro médico também é realizada paralelamente.

Quando a investigação iniciou, 12 casos eram de conhecimento da polícia. O número se multiplicou após a divulgação do inquérito. No dia 13 de julho, policiais foram a dois endereços ligados ao médico e o convocaram para depor.

Brodbeck negou as denúncias em depoimentos.

 

com informações do G1

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