A Paraíba tinha a 3ª menor proporção do país de mulheres que faziam uso de algum método contraceptivo para evitar a gravidez, em 2019, de acordo com o Volume 6 da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgado pelo IBGE, nesta quinta-feira (26). O levantamento apresenta informações sobre paternidade, saúde da mulher, pré-natal, portadores de deficiência, saúde dos idosos e de crianças.
No estado, métodos contraceptivos eram utilizados por 75,1% das mulheres de 15 a 49 anos de idade, que tiveram relações sexuais nos 12 meses anteriores à data da pesquisa e ainda menstruavam. O percentual foi inferior à média brasileira (80,5%) e só ficou à frente dos observados em Alagoas (73,3%) e no Distrito Federal (74,9%).
Entre as paraibanas que utilizavam, a principal forma adotada era a pílula anticoncepcional (38,1%), que também se destacava no cenário nacional (40,6%). Em seguida, está a ligadura das trompas ou vasectomia do parceiro (30,4%) – que registrou a 8ª maior proporção entre as unidades da federação e superou a média do Brasil (22,9%).
A camisinha masculina era utilizada por 16,5%, abaixo da média nacional (20,4%), e as injeções contraceptivas por 8,1%, também menor que a média geral (9,8%). Para os cálculos, a pesquisa considerou o método utilizado de maior eficácia.
Segundo os dados, 66,3% das paraibanas, de 15 a 49 anos, já ficaram grávidas, percentual abaixo da média do Nordeste (66,9%), mas acima da do Brasil (64,7%).
PB tem 6º menor percentual de homens que participam do pré-natal
Cerca de 66,9% dos homens de 15 anos ou mais, na Paraíba, já tiveram filhos, percentual acima da média nacional (64,6%) e o 4º maior do país. Contudo, a PNS também constatou que 66,2% dos homens nessa faixa-etária participaram do pré-natal da gravidez, fosse atual ou da última criança com menos de 6 anos de idade.
Embora o número represente mais da metade do grupo, foi menor que o constatado na média geral (76,7%) e só ficou acima dos verificados nos estados de: Sergipe (59,5%); Alagoas (62,9%); Bahia (63,4%); Pará (64,8%); e Acre (65,6%).
Conforme o estudo, quando o 1º filho nasceu, os paraibanos tinham, em média, 25,3 anos, idade um pouco abaixo da estimada para o Brasil como um todo (25,8 anos). O número médio de filhos entre os homens, no estado, era de 2, acima da média geral (1,7).
Metade das mulheres de 50 a 69 anos na PB realizou mamografia, no período de 2 anos
Aproximadamente 51% das mulheres de 50 a 69 anos haviam realizado exame de mamografia, há menos de 2 anos da data da entrevista da PNS, em 2019. O percentual, apesar de estar abaixo da média nacional (58,3%), foi superior à média do Nordeste (49,5%) e o 3º maior da região, atrás somente dos constatados na Bahia (60,3%) e em Sergipe (57,2%).
A realização do exame, no período de referência, era mais comum entre as mulheres que tinham o ensino superior completo (72,2%), seguidas pelas que tinham o médio completo e superior incompleto (64,9%) e o fundamental completo e o médio incompleto (47,1%). A menor proporção foi observada no grupo das que não tinham instrução ou contavam com o fundamental incompleto (42,6%).
Em relação às condições financeiras, a proporção era maior entre as que tinham rendimento domiciliar per capita de mais de três a cinco salários mínimos (93,6%). Por outro lado, era menor entre as que se encaixavam na faixa de mais de um quarto até meio salário mínimo (38,4%).
Já o exame preventivo para câncer de colo de útero havia sido realizado por 85,4% das mulheres de 25 a 64 anos de idade. A PNS considerou procedimentos feitos há menos de três anos da data da entrevista e cujos resultados foram liberados em menos de três meses depois da realização do exame. Esse indicador ficou abaixo das médias nacional (89%) e regional (88,5%), além de ter sido o 3º menor do Nordeste.
com informações do IBGE
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