A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou, nesta quarta-feira (1º), o Projeto de Lei 2.743/2021, do deputado Jutay Meneses, que dispõe sobre a disponibilização de assistência psicológica às mulheres mastectomizadas na Paraíba. De acordo com o projeto, o auxílio deverá ser realizado de acordo com o quadro clínico de cada paciente, cabendo aos profissionais de saúde definir as técnicas a serem adotadas no tratamento, bem como o número de sessões a serem ministradas.
O deputado Jutay Meneses argumenta que entre as complicações mais comuns enfrentadas pelas pacientes após a mastectomia estão o desenvolvimento de profunda tristeza; isolamento social; ausência de autoestima e sensação de deformação física pela perda de um membro do seu corpo. “Tais consequências, se tratadas adequadamente, podem evitar que o problema, uma vez instalado, evolua para o quadro mais grave. Tão importante quanto a cirurgia, a intervenção psicológica na pós-mastectomia é essencial”, justificou o deputado autor.
A deputada Dra Paula alertou que quando uma mulher é mastectomizada ela se sente mutilada e rejeitada no âmbito social e também em sua casa, já que, de acordo com a parlamentar, inúmeros estudos apontam elevado número de divórcios após o procedimento de retirada da mama. “Existe uma rejeição, existe preconceito nos relacionamentos, e o mais grave, a reconstituição mamária ainda não está sendo permitida pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, declarou a deputada.
Ainda em defesa dos direitos das paraibanas, os deputados também aprovaram a criação do Dia Estadual da Participação da Mulher na Política. O PL 2.562/2021, apresentado pela deputada Pollyanna Dutra, defende a promoção de cursos de formação e conscientização em escolas, universidades e órgãos públicos, sobre a importância da participação da mulher na política.
A organização e acompanhamento das atividades nesta data ficará a cargo das Comissões de Direitos Humanos, da Mulher e da representante da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana do Estado. “Esse projeto é um avanço. Nós, mulheres, evoluímos na política. Esse projeto traz esse nível de conscientização. Nós evoluímos, conquistamos espaços estratégicos, somo a maioria na com diplomas universitários, somos a maioria como empreendedoras, somos a maioria na população, a maioria no voto, no entanto, somos a minoria na política. É importante que as mulheres participem desses espaços de poder”, afirmou Pollyanna.
A parlamentar argumentou também que ao longo dos anos os espaços públicos foram sendo ocupados por mulheres, que trouxeram consigo um olhar mais humano e cuidadoso com a coisa pública, no entanto, ainda há um cenário desigual na política, cheios de preconceitos morais e de violência contra as mulheres. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2018, o Brasil ocupava a posição 152 ª no ranking de 190 países sobre presença de mulheres em parlamentos.
A sessão ordinária desta quarta-feira (1º) aconteceu de forma remota, através de videoconferência.
da Agência ALPB