Em junho de 2020, publicamos aqui dados alarmantes: de acordo com dados do Tribunal de Justiça da Paraíba a pandemia fez crescer o número de divórcios. Um dado que chamava a atenção dizia respeito ao mês de março. Enquanto em 2019 o número de processos de divórcio era de 640, esse ano, no mesmo período, foram 1.920 casos, um aumento de 200%. Diante do início da quarentena e do isolamento social, os casais paraibanos correram para se divorciar. Leia mais no final desta matéria.
Nesta quinta-feira (18), o IBGE divulgou o número que o número de casamentos civis registrados na Paraíba em 2020 caiu 19% em relação ao constatado em 2019. Os divórcios aumentaram e os casamentos diminuíram. Falta amor na Paraíba?
Apesar da falta de romance, o recuo paraibano foi menor que os verificados na média brasileira (26,1%) e do Nordeste (27,8%). Embora a quantidade de casamentos já estivesse apresentando tendência de redução nos últimos anos, o número estadual teve queda mais acentuada nesse período e passou de 15.714, em 2019, para 12.724, no último ano – o que aponta para menos 2.990 registros. Essa diminuição parece ter estreita relação com o cenário de pandemia causado pela Covid-19, indica a publicação.
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O maior recuo (92,7%) foi observado no mês de abril, que no ano anterior havia registrado 827 uniões civis e, em 2020, assinalou apenas 60. Outros fortes decréscimos foram constatados em maio (80,2%), junho (53,3%), março (27,4%) e julho (12,9%).
Do total de casamentos, a maioria ocorreu entre cônjuge masculino e feminino, união que apresentou redução de 19,1%. Os casamentos entre cônjuges femininos também tiveram redução (33,7%). Por outro lado, a quantidade de uniões civis entre cônjuges masculinos cresceu 69%, no comparativo, passando de 29 para 49.
Além disso, em 2020, a taxa paraibana de nupcialidade legal – calculada com base no número de registros de casamentos em relação à população em idade de casar, ou seja, de 15 anos ou mais – foi a 9ª menor do país. A proporção (4%) ficou abaixo da média do Brasil (4,5%), mas acima da do Nordeste (3,8%).
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