O total de mortes registradas na Paraíba em 2020 cresceu 14,5%, frente aos números de 2019, com um acréscimo de 3,8 mil óbitos, segundo as Estatísticas do Registro Civil. Apesar disso, proporcionalmente, o aumento ficou abaixo das médias do país (14,9%) e da região (16,8%). Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgadas pelo IBGE, nesta quinta-feira (18).
Cerca de 91,5% das mortes no estado ocorreram por causas naturais, categoria que inclui os óbitos decorrentes de doenças, como a Covid-19. O número de falecimentos que fazem parte dessa classificação passou de 24,3 mil, em 2019, para 27,8 mil, em 2020, o que aponta para um aumento de 14,6%.
No estado, a maior alta nos registros de óbitos (19%) foi verificada no grupo daqueles que tinham de 15 a 59 anos de idade, em que o número passou de 6.910 para 8.227. Apesar disso, a categoria daqueles que tinham 60 anos ou mais continuou representando a maior parte dos óbitos (70%), com um aumento de 18.777 para 21.363 óbitos, de um ano para o outro (variação de 13,8%).
Por outro lado, houve queda de 5,6% no número de mortes das pessoas com menos de 15 anos. “O fato de as crianças e adolescentes terem ficado em casa parece ter reduzido os óbitos até os 15 anos, talvez pela menor exposição a agentes patógenos em geral ou a riscos de causas externas”, comentou a analista e gerente da pesquisa, Klívia Brayner.
Além disso, a pesquisa constatou que os homens foram maioria entre os óbitos na Paraíba (54,9%), no último ano.
Número de nascimentos cai pelo segundo ano consecutivo
Já em relação aos nascidos vivos, houve queda de 2,6% no número de registros, que passou de cerca de 56,5 mil para aproximadamente 55 mil, entre 2019 e 2020, respectivamente. O percentual paraibano ficou abaixo das médias nacional (4,7%) e regional (5,3%). Do total, 51,2% de nascidos foram meninos.
Em relação à idade da mãe por ocasião do parto, a pesquisa indica que a proporção daquelas que tinham menos de 20 anos tem caído ao longo dos anos, tendo passado de 16,2%, em 2019, para 15,5%, em 2020. Em contrapartida, de modo geral, tem aumentado a participação daquelas que tinham de 30 a 39 anos e 40 anos ou mais, ficando a participação desses grupos etários em 32,4% e 3,4%, respectivamente, em 2020.
com informações do IBGE