Noite de domingo, 28 de novembro. Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, começa uma discussão com a companheira, Ranielle. A jovem estava grávida de quatro meses e também tinha outra filha, de 1 ano e 8 meses, fruto de outro relacionamento. Ainda não se sabe o motivo da discussão, mas o fato é Wanderson pegou uma faca e matou a gestante degolada. Em seguida, matou a criança da mesma forma e fugiu.
Wanderson foi até uma propriedade vizinha, onde conhecia o dono. Entrou na casa de Roberto Clemente de Matos, de 70 anos, sentou à mesa e tomou um refrigerante com o idoso. Ainda à mesa, Wanderson assassinou o vizinho com um tiro na cabeça. Não satisfeito, o criminoso ainda tentou estuprar Cristina Nascimento, esposa da vítima. Cristina tentou correr, mas foi atingida por um disparo no ombro. Ela só sobreviveu porque se fingiu de morta até que o suspeito fugisse do local.
Mesmo ferida, caminhou até uma fazenda vizinha onde conseguiu chamar por socorro.
O caso aconteceu na zona rural do município de Corumbá, em Goiás, e Wanderson segue desaparecido.
A fuga
Logo após matar Roberto e acreditar que a esposa dele estava morta, Wanderson roubou o carro do casal e fugiu. Ele seguiu a caminho do município de Alexânia. Mas, abandonou o veículo numa estrada estadual, a GO-225.
Na cidade de Alexânia, Wanderson vendeu alguns bens e conseguiu contratar uma pessoa que o levou até Abadiânia.
Há também informações de que o suspeito entrou em uma mata e segue desaparecido. Atualmente, mais de 50 policiais militares de diversos batalhões fazem buscas por Wanderson. Eles contam, inclusive, com a ajuda de helicópteros.
De acordo com o delegado Tibério Martins, da Polícia Civil de Goiás, Wanderson é bastante violento com idosos e com mulheres. “Ele é um cara bastante frio e violento. Conhecido aqui na região por arrumar confusão, por já ter sido preso. É agressivo quando se trata de mulheres e idosos, que geralmente não conseguem se defender”, disse o delegado.
Tentativa de feminicídio em 2019
Wanderson havia sido preso em 2019 por tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira, L.S.P., em Goianápolis. Segundo o delegado, a vítima tentou por fim ao relacionamento, mas o homem não aceitou.
Apesar de ter sido preso, a Justiça soltou Wanderson em março deste ano para que ele aguardasse o julgamento em liberdade. Foi nessa época que ele começou a trabalhar em uma fazenda localizada no município em que ele cometeu os crimes bárbaros de domingo (28).
O Mais Goiás, portal que faz a cobertura do caso, entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que afirmou que o processo está concluso desde outubro com a juíza da Vara Criminal de Goianápolis, Marcella Caetano, e que ainda vai decidir se define a data do tribunal do júri ou se pede mais diligências.
Wanderson Mota Protácio segue foragido e é muito perigoso.
da redação com informações da repórter Larissa Feitosa, do Mais Goiás