Injustiça e revolta!
Rodrigo Alves Marotti, de 33 anos, foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de incêndio, que ocasionou na morte da artista plástica Alessandra Vaz e sua amiga Daniela Mousinho. No entanto, após mais de 12 de horas de sessão, o júri popular desclassificou a conduta como homicídio doloso. Eles entenderam que o acusado não teve a intenção direta de matar.
Em outubro 2019, ele teria trancado as duas amigas no banheiro e ateado fogo na casa. Ambas faleceram por causa das queimaduras. Os familiares das vítimas, que esperavam pena máxima, se dizem insatisfeitos e injustiçados.
A sentença foi dada durante a madrugada desta quarta-feira (9), pela juíza Simone Dalila Nacif Lopes e causou clima de comoção no fórum. O MPRJ já recorreu para submeter o acusado a um novo júri, na intenção de reconhecer o duplo feminicídio. A defesa, por sua vez, interpôs recurso.
Após o resultado do julgamento, Andresa Vaz, irmã de Alessandra, uma das vítimas do crime, se declarou “sem forças” em seu perfil do Instagram. Ela vinha lutando abertamente em campanha nas redes sociais para tornar o caso ainda mais conhecido e expressou diversas vezes que o desejo da família por justiça e de penalidade máxima.
Pouco antes do início da audiência, Andresa disse, em entrevista que tinha certeza que o réu seria acusado, mas que na sua campanha e luta seria para conseguir pena máxima. “Mas a gente sabe que dentro da lei do nosso país existem brechas para que isso não aconteça.”
O Ministério público e a Defensoria pretendem recorrer da pena. O julgamento de Marotti aconteceu na 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo e teve início na terça-feira (8), às 10h30. Por conta a pandemia, apenas familiares e um número reduzido de jornalistas puderam acompanhar a sessão presencialmente.
com informações do UOL
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