O concurso de poesia “Transformando o silêncio das grades em linguagem”, promovido pela Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) por meio da Coordenadoria Administrativa de Execução Penal e Acompanhamento aos (as) Defensores (as) Públicos (as) nos Estabelecimentos Penais (CAEP), chega ao segundo ano em 2022 em mais uma atividade em alusão ao Mês da Mulher.
Reeducandas das quatro penitenciárias femininas do Estado (João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras) foram convidadas a participar do concurso. Como as mulheres presas na Penitenciária de Cajazeiras foram transferidas para Patos por causa da reforma do prédio, o convite a elas foi dirigido à direção do presídio de Patos. O prazo para apresentação das poesias encerrou no último dia 14 de março. Pelo cronograma estabelecido em edital, a direção dos presídios tem até esta sexta-feira (18) para encaminhar o trabalho das candidatas à CAEP.
A seleção será realizada por uma comissão estabelecida pela Coordenadoria, que elegerá a poesia vencedora e cinco menções honrosas. O tema deste ano é “Mulher e encarceramento”.
De acordo com a coordenadora da CAEP, Waldelita Cunha, a proposta de remição de pena foi levada aos juízes das Varas das Execuções Penais das quatro comarcas com unidades prisionais femininas. “Nós requeremos a aplicação da remição de pena como forma de estímulo a essas mulheres. O concurso é uma ação de ressocialização e a experiência do ano passado foi bastante positiva, com obras que emocionaram a todos”, disse Waldelita.
A defensora pública ressaltou que os juízes foram receptivos a proposta, sinalizando positivamente quanto a possibilidade de aplicação do instituto. O grupo acordou a realização de uma reunião futura para discutir a metodologia a ser aplicada.
O projeto “Transformando o silêncio das grades em linguagem” foi idealizado pela defensora pública Monaliza Montinegro, do Núcleo Especial de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NEDEM). Ela esteve reunida com a equipe do CAEP e com as defensoras públicas que atuam nas unidades prisionais para contribuir com a execução do projeto. A ação tem o apoio da Secretaria de Estado da Administração Penitenciários e das direções dos presídios.
da ascom da Defensoria Pública da Paraíba