Vítima de estupro coletivo, mulher é enterrada viva; polícia busca assassinos

By 21 de março de 2022Brasil, Justiça, Machismo mata

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da delegacia de Teófilo Otoni, investiga a autoria de um crime bárbaro, que chocou a população dos vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Joana Darc, mãe de quatro filhos, estava desaparecida desde 11 de março. Seu corpo foi encontrado na terça-feira (15/3), enterrado no quintal de um imóvel abandonado, em Medina.

O exame de necropsia, feito pelo legista Arquimedes Rangel, do Instituto Médico-Legal de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, concluiu que Joana Darc morreu por asfixia, e que ela foi enterrada viva, depois de ser torturada, com socos e chutes. O laudo não apontou lesões como ferimentos de faca ou bala de revólver.

Quando foi encontrado, o corpo apresentava sinais de estar sepultado há mais de 72 horas. O estado de decomposição dificultou os exames iniciais da equipe do IML. Foram necessários outros exames para concluir a causa da morte como “asfixia por soterramento”, segundo informou a Polícia Civil.

Caso abalou a região

Em vídeo divulgado pela Polícia Militar de Minas Gerais, o aspirante Danilo da Silva Guedes, da Polícia Militar de Medina, disse que recebeu, em 15 de março, denúncia de que havia um corpo enterrado em uma casa abandonada, na Rua Olegário Maciel, no Centro de Medina.

Joana Dar’c Sena

“Esse corpo seria de uma mulher desaparecida desde o dia 11 de março. Durante as diligências, as equipes constataram que três suspeitos teriam saído de um estabelecimento denominado Pagodinho, próximo a essa casa abandonada”, disse o aspirante.

Um dos acusados pelo assassinato de Joana Darc tem 21 anos e foi preso no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Os outros dois, de 17 e 20 anos, continuam foragidos. Ele confirmou que houve relação sexual, mas disse que foi consensual.

De acordo com informações da investigação, logo após o estupro coletivo, um dos homens teria determinado a morte de Joana Darc. “Essa pessoa, nesse instante, teria efetuado dois golpes de faca contra a vítima e se retirado do local, e ordenado que o menor de idade terminasse de matar a vítima, e enterrasse o corpo no quintal daquela residência”.

Um fato chamou atenção na fala do homem preso: ele afirmou que a vítima levou dois golpes de faca, mas a perícia não constatou esses ferimentos.

As polícias Civil e Militar pedem aos moradores de Medina que, caso tenham alguma informação relevante para localizar os outros dois homens que participaram do assassinato de Joana Darc, façam a denúncia por meio dos telefone 181, 190, ou (33) 3753-1110.

As identidades dos envolvidos não foram divulgadas pela polícia.

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