Gabriel Noberto segue preso
Na última quinta-feira (21), os agentes da Marinha Gabriel Norberto de Almeida Lobo e Diógenes (ainda sem o sobrenome divulgado) ofereceram carona para duas adolescentes de 14 e 15 anos. Os quatro foram parar num motel, burlaram as exigências de identificação, e em algum momento – cheio de contradições – Gabriel usou uma arma de Diógenes e atirou no rosto de uma das adolescentes.
Gabriel Norberto está preso, Diógenes continua foragido, e a adolescente atingida está internada em estado grave, e o caso segue em investigação. O caso ocorreu na cidade de Vigia, região Metropolitana do Pará.
De acordo com o testemunho da outra adolescente, o crime teria sido motivado após a vítima ter recusado tirar a roupa e manter relações sexuais. Já o autor do disparo afirma que o tiro foi acidental. Ele foi autuado em flagrante e está preso em Unidade Militar à disposição da Justiça, ainda segundo a Polícia. Ele estava a serviço da Marinha na cidade de Vigia.
A defesa dele diz que ele não sabia que as adolescentes eram menores de idade e afirma que o disparo foi acidental. Em nota, a Marinha afirmou que ele deverá responder pelos atos perante a Justiça.
A adolescente de 15 anos, baleada dentro na boca, segue internada na Hospital de Urgência e Emergência, na região metropolitana de Belém. O estado de saúde dela é considerado grave.
Ela está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, segundo a família, iria passar por uma nova cirurgia neste sábado para retirada da bala, alojada próximo à coluna. Ela já havia passado por outras duas cirurgias.
O padrasto da vítima disse que o militar era conhecido na cidade e que colocou a arma dentro da boca da enteada quando atirou.
“Ela [a adolescente baleada] conseguiu falar no Hospital de Vigia, ao médico de plantão, que foi baleada pelo Gabriel. Ela disse que o Gabriel colocou a arma dentro da boca dela e efetuou o disparo.”
Neste sábado, houve uma audiência virtual em que foi fixada uma fiança de R$ 60.600 para que ele possa responder ao processo em liberdade, entre outras medidas restritivas.
da redação, com informações do g1