Duas em cada três mortes de bebês de até 1 ano poderiam ser evitadas no Brasil

By 12 de maio de 2022Brasil

O país registra mais de 20 mil óbitos anuais em bebês de até 1 ano por causas evitáveis, como diarreia e pneumonia

Dados do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) apontam que duas em cada três mortes de bebês de até 1 ano de idade poderiam ser evitadas no Brasil com ações como vacinação, amamentação e acesso à atenção básica de saúde. Ainda de acordo com os números, o país registra, nesta faixa etária, mais de 20 mil óbitos por ano por causas evitáveis, como diarreia e pneumonia. A queda da cobertura vacinal tem aumentado ainda mais os riscos para a saúde das crianças.

O Observa Infância, que reúne pesquisadores da Fiocruz e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), utiliza uma grande base de dados (própria e dos sistemas de informações nacionais) para identificar as causas de mortes evitáveis entre as crianças. “Nós olhamos para cada um dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. O que percebemos é que existe muita desigualdade em relação à cobertura vacinal. E essa desigualdade está relacionada, principalmente, com o acesso à atenção básica. Onde a atenção básica não chega, a queda da cobertura vacinal é mais acentuada”, observou a pesquisadora Patricia Boccolini, do Observa Infância vinculada ao Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão (Nippis), uma cooperação entre a Fiocruz e a Unifase.

Para Cristiano Boccolini, pesquisador do Observa Infância que atua no Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), o aleitamento materno tem relação direta com a prevenção de grande parte dos óbitos infantis. “Mais da metade dos bebês mortos por ano poderiam ter sido salvos por um pré-natal adequado e uma boa atenção das gestantes no pós-parto”, afirmou.

 

com informações da Revista Crescer

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