O Ministério Público da Paraíba requisitou, nesta segunda-feira (19), a retomada das investigações sobre o possível estupro de vulnerável praticado pelo ator José Dumont na cidade de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa. Como foi publicado aqui em primeira mão, os fatos teriam ocorrido em 2009, mas só ganhou repercussão após a prisão do artista na semana passada, por crime idêntico no Rio de Janeiro. Dumont foi preso em flagrante na última quinta (15), quando agentes da Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima) encontraram cerca de 240 imagens de pornografia infantil armazenadas em um celular e em um computador dele.
A partir de uma denúncia feita por uma vizinha de Dumont, que enviou um e-mail ao Ministério Público Federal, o caso foi repassado para o Ministério Público Estadual e coube ao ógão requisitar a abertura de um inquérito na Polícia Civil. O inquérito policial, no entanto, estava parado desde 2013, já que agentes não conseguiram nem contatar o ator nem identificar os menores.
Ainda em 2013, além da mulher que fez a denúncia ao MPF, outra vizinha também prestou depoimento na Polícia Civil.
Ambos os depoimentos apontam para fatos idênticos: que o ator recebia meninos em seu apartamento, que não conversava com adultos e que comprava doces e guloseimas para as crianças. Num dos depoimentos, uma das mulheres afirma que presenciou alguns dos meninos desesperados pois presenciaram cenas do abuso do ator contra outra criança.
O caso foi repassado, após isso, para o Ministério Público Estadual e coube ao órgão requisitar a abertura de um inquérito na Polícia Civil. O inquérito policial, no entanto, estava parado desde 2013, já que agentes não conseguiram nem contatar o ator nem identificar os menores.
A polícia diz que tentou localizar o artista, por meio de carta precatória, em endereços de São Paulo e Rio de Janeiro. Em nota, a assessoria de imprensa da Promotoria paraibana afirmou que “com a prisão recente do acusado, o Ministério Público requereu a retomada das investigações, com o retorno dos autos à delegacia origem, para que a autoridade policial adote providências no sentido de interrogar o acusado, identificar e fazer oitiva de possível vítima”.
da redação com informações do portal do jornalista Suetoni Souto
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