A maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, ficou sem energia elétrica e os bebês da UTI precisaram ser transferidos no final da manhã do último sábado (21).
O apagão aconteceu apenas no prédio principal da maternidade. Além da falta de energia, o gerador do Instituto também não funcionou. De acordo com a direção do hospital, a situação já estaria sob controle e os bebês foram transferidos de maneira preventiva para outros dois hospitais no Centro de Campina Grande. Uma nota enviada na segunda-feira (23) pela Prefeitura de Campina Grande chegou a afirmar que “quatro partos foram realizados na maternidade desde as 19h desse sábado, depois que o abastecimento elétrico foi restabelecido na unidade. Além disso, foram registrados 10 atendimentos a gestantes, resultando em três internações.” Ou seja, tudo estaria normalizado. Só que não é bem assim.
Um e-mail enviado na manhã da terça-feira (24) ao setor de Regulação da Secretaria de Saúde do Estado foi categórico ao afirmar, em caixa alta, que “PERMANECEMOS SEM CONDIÇÕES DE FAZER NOVAS ADMISSÕES, ORIENTAMOS SOLICITAR VAGAS EM OUTRAS UNIDADES.” De acordo com outra informação recebida por uma fonte, também não há vagas para UTI Neo Natal.
No caso, as parturientes e pacientes de Campina Grande deverão procurar outra unidade pública para serem atendidas e a mais próxima é o Hospital Regional de Queimadas, uma viagem de 17km de distância e que em boas condições de trânsito, leva mais ou menos meia hora de deslocamento.
O governador João Azevedo, durante o programa Fala Governador, afirmou que toda estrutura de profissionais e de leitos do Hospital Regional de Queimadas foi colocada à disposição para atender pacientes de Campina Grande, incluindo Grupo de Resgate Aeromédico. “Mas é preciso que a prefeitura de Campina Grande tome as providências para que o problema não se repita e que o funcionamento do Isea seja restabelecido num padrão de atendimento correto”.
Taty Valéria
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