A declaração do advogado Hery Waldir Kattwinkel, no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF),na tarde de quinta-feira (14), segundo dia do julgamento dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando se equivocou nas falas, causou furor nas redes sociais e dentro do próprio STF.
“Como diz ‘O Pequeno Príncipe’, os fins justificam os meios”, afirmou o advogado citando o trecho “O Príncipe”, de Maquiavel. O ‘Pequeno Príncipe’ foi escrito Antoine de Saint-Exupéry. O advogado ignorou os quatro séculos que separam as duas obras e demonstrou de forma pública o despreparo profissional no advogado em questão.
“Realmente é muito triste (…) confundiu ‘O Príncipe’, de Maquiavel, com ‘O Pequeno Príncipe’, de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, ainda durante o julgamento. Algumas vergonhas são pagas à vista.
Mas para além da ignorância intelectual, o advogado guarda outra vergonha pública. Na verdade, é mais que uma vergonha, é um crime: em 2016, a 2ª Vara Criminal de Votuporanga condenou o então vereador Hery Waldir Kattwinkel por violência doméstica por agredir sua mãe e sua irmã. Consta na decisão que” a materialidade das acusações foi demonstrada pelo Boletim de Ocorrência, pelos laudos periciais de lesão corporal, bem como pela prova oral colhida”.
Além de possuir saberes limitados, o que ficou demonstrado numa sustentação pífia e vergonhosa, o advogado foi condenado por agredir a própria mãe, e a própria irmã.
“Nem sempre um bolsonatista, mas sempre é um bolsonarista”.
Taty Valéria