Rendimento do trabalho na Paraíba cresce acima da média nacional; percentual é o maior do Nordeste

By 19 de abril de 2024Especiais, Paraiba

Entre 2022 e 2023, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 14 anos ou mais de idade residentes na Paraíba cresceu 8,8%, percentual acima das médias brasileira e nordestina, que registraram altas de 7,2% e 5,4%, respectivamente. As informações são do módulo Rendimento de Todas as Fontes, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2023, divulgado nesta sexta-feira (19), pelo IBGE.

Em valores absolutos, o indicador paraibano aumentou de R$ 2.198 para R$ 2.392, de um ano para o outro, passando a ser o mais elevado entre as unidades da federação do Nordeste, embora ainda seja o 12º menor do país. O valor médio real do Brasil passou de R$ 2.780, em 2022, para R$ 2.979, em 2023; enquanto a média nordestina aumentou de R$ 1.889 para R$ 1.991, respectivamente.

Já o número de pessoas de 14 anos ou mais de idade que possuíam rendimento de todos os trabalhos passou de cerca de 1,43 para 1,51 milhão, entre 2022 e 2023, representando 35,1% e 37% da população residente no estado, respectivamente.

Além dos residentes na Paraíba que, em 2023, tinham rendimento do trabalho, havia um contingente de cerca de 1,33 milhão de pessoas (32,5% da população) que recebiam rendimento de outras fontes, cujo valor médio era de R$ 1.349, superior à média regional (R$ 1.305). No cenário nacional, o valor médio do rendimento de outras fontes era então de R$ 1.837.

Do total estimado de 4,07 milhões de residentes na Paraíba, cerca de 62,1% (2,53 milhões) tinha algum tipo de rendimento, uma proporção superior à verificada em 2022, de 58,8% (2,39 milhões). Ressalte-se que esse é o segundo ano de crescimento absoluto e relativo, sendo o maior nível atingido desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
O percentual estadual de pessoas com rendimento em 2023 ficou abaixo da média do Brasil (64,9%), onde ocupa a 13ª pior posição; mas acima da média do Nordeste (60,8%), onde figura como o 3º mais elevado, ficando atrás apenas de Sergipe (62,6%) e da Bahia (62,5%).

Proporção de domicílios paraibanos com Bolsa Família é a maior desde 2012

Em 2023, 38,8% dos domicílios paraibanos recebiam rendimento do Bolsa Família, o que corresponde a 570 mil domicílios. Em 2022, essa proporção havia sido de 35,5% e representava 483 mil domicílios. É o terceiro ano consecutivo de crescimento, em termos relativo e absoluto, levando o indicador paraibano a alcançar o ponto mais alto da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Ainda segundo a pesquisa, a proporção paraibana de domicílios que recebia rendimento do Bolsa Família (38,8%), em 2023, era a 3ª maior do país, atrás somente das constatadas no Maranhão (40,2%) e no Piauí (39,8%). Além disso, ficou acima das médias regional (35,5%) e nacional (19%).

No caso do Benefício da Prestação Continuada (BPC-LOAS), também houve alta do percentual de domicílios beneficiados, que passou de 4,8% (65 mil), em 2022, para 5,7% (84 mil), em 2023. Por sua vez, no mesmo comparativo, o percentual de domicílios que recebiam outros programas sociais caiu de 3,3% (45 mil) para 3,1% (46 mil).

Seguindo tendência nacional, massa de rendimentos e rendimento domiciliar per capita atingem recorde na Paraíba, em 2023

No ano passado, com a melhora do mercado de trabalho e o aumento do número de beneficiários de programas sociais, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita chegou a R$ 5,392 bilhões, o maior valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com o ano anterior (R$ 4,595 bilhões), o aumento foi de 17,3%, superior à variação verificada em nível nacional (12,2%).

Conforme a pesquisa, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita paraibano cresceu 16,8% em relação ao verificado no ano anterior, tendo passado de R$ 1.133, em 2022, para R$ 1.323, em 2023, o maior da série histórica iniciada em 2012. O valor estadual foi o terceiro maior entre os estados da região Nordeste, atrás apenas do Rio Grande do Norte (R$ 1.350) e do Piauí (R$ 1.327).

 

com informações do IBGE

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