Padrasto é preso por estuprar enteada com a conivência da mãe da vítima; mulher ameaçava a própria filha para não denunciar

 

A mãe e o padrasto de uma adolescente foram presos pelo crime de estupro de vulnerável no município de Piranhas, no interior de Alagoas. O casal foi preso na última sexta-feira (26) e a Polícia Civil divulgou o caso na última terça (30).

A vítima relatou à polícia que os abusos começaram em 2021, quando ela tinha 13 anos, e que só conseguiu denunciar o crime aos 16 anos, após sair da casa da mãe.

Segundo o delegado Daniel Mayer, a mãe da vítima sabia dos abusos, mas não denunciou o companheiro e ainda passou a ameaçar a própria filha para que a menina não procurasse a polícia.

“Essa adolescente foi estuprada desde os 13 anos de idade. Hoje, com 16 [anos], ao conseguir sair de casa, foi então que ela conseguiu procurar a Polícia Civil, relatar, e ,a partir de então, toda a equipe da Delegacia de Piranhas conseguiu cair em campo e levantar elementos fortíssimos. Entre eles, áudios contundentes que identificam ameaças diretas proferidas pela mãe contra a vítima”, disse o delegado.

“[A mãe] tentou interferir na investigação. Chegou a ameaçar [a filha] de forma absurda dizendo que iria suspender uma pensão alimentícia que era paga pelo pai [da adolescente]”, disse Daniel Mayer.

Mesmo recebendo ameaças da mãe, a adolescente conseguiu denunciar o padrasto. Durante a investigação, a polícia teve acesso aos áudios com ameaças contra a vítima. “Áudios atribuídos a essa mãe. [Áudios] graves. Alguns inclusive que relatam ameaça não somente financeira, mas ameaça física”, afirmou Daniel Mayer.

A mãe da adolescente tem 49 anos e o padrasto, 43 anos. Os dois foram presos na última sexta-feira (26) por estupro de vulnerável, que se aplica a situações em que a vítima é uma criança ou adolescente com menos de 14 anos ou sem discernimento no momento do ato, quando não consegue se defender.

“É um caso que causa indignação. A pessoa que tinha o maior dever de zelar pela adolescente. Aquela que tinha o maior dever de zelar, de ter o cuidado com a vítima, foi a responsável por proferir ameaças”, disse o delegado.

com informações do g1

 

ONDE DENUNCIAR:

  • Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato
  • Samu – 192: para pedidos de atendimento médico urgentes
  • Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres ou qualquer delegacia de polícia
  • Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
  • Conselho tutelar: São os conselheiros que vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito.
  • Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia: [email protected]

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