Hospital Edson Ramalho abre sindicância para apurar desaparecimento do corpo de bebê prematuro

By 22 de agosto de 2024Justiça

Imagem ilustrativa

 

Em 30 de maio desse ano, um casal foi até o Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa. Grávida de poucos meses, a mãe deu à luz a um bebê prematuro, com 33 centímetros e 694 gramas. O nascimento foi registrado às 19h57. O bebê faleceu 23 minutos depois. O que já era um suplício, especialmente para mãe, que ficou internada com outras parturientes, se transformou em pesadelo.

O pai começou a providenciar os preparativos para o enterro, quando foi surpreendido com a notícia do desaparecimento do corpo do bebê. Após três horas de buscas dentro do hospital, o pai resolveu prestar um Boletim de Ocorrência. Foi só no dia 3 de junho que o casal foi chamado para uma reunião com a diretoria do hospital, em que afirma terem sido impedidos de usar aparelhos de celular.

De acordo com Renato Dias, advogado da família, “a direção sugeriu que o corpo do bebê poderia ter sido incinerado, sob a justificativa de que prematuros de 500 gramas geralmente são cremados. No entanto, o recém-nascido pesava 694 gramas, o que torna essa explicação inaceitável. Além disso, o hospital não apresentou nenhum tipo de documentação que comprovasse essa alegação.” O casal ingressou com ação judicial por danos morais e pleiteando a apuração do fato.

Em nota, o Hospital Edson Ramalho afirmou que instaurou a “abertura de sindicância interna, pela qual estão sendo ouvidos todos os
envolvidos no referido caso, bem como reavaliados os documentos oficiais e prontuários médicos dos pacientes”. Confira a nota na íntegra:

A Direção do Hospital do Servidor General Edson Ramalho vem a público esclarecer sobre o caso envolvendo um parto de neomorto, ocorrido no último 30 de maio. Informamos que durante toda a internação da gestação, foi ofertado um acolhimento, e que no momento do parto e pós-parto, seguiu-se com apoio médico e psicológico, não somente à mãe, mas aos demais familiares.

Com o intuito de apurar os fatos, a Direção do HSGER procedeu com a abertura de sindicância interna, pela qual estão sendo ouvidos todos os envolvidos no referido caso, bem como reavaliados os documentos oficiais e prontuários médicos dos pacientes.

Reafirmamos o compromisso do Hospital do Servidor General Edson Ramalho com o cumprimento das Normas Técnicas que norteiam a assistência materno-infantil no âmbito do Sistema Único de Saúde.

É importante ressaltar que a unidade possui um trabalho voltado ao cuidado humanizado e dispõe do serviço de maternidade aberto ao público 24h por dia, sete dias por semana. Nesse sentido, estão sendo adotadas as providências administrativas necessárias para apuração detalhada do ocorrido.

 

Taty Valéria

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