Mulher reage a tentativa de feminicídio e mata o agressor com uma grelha de churrasco

Vítima contou à polícia ter reagido a uma investida do companheiro, que partiu em sua direção segurando uma faca. Discussão do casal foi motivada por ciúmes.

Uma mulher de 41 anos matou o companheiro após um churrasco na casa dela em Guarujá, no litoral de São Paulo, durante uma discussão por ciúme. Em depoimento à polícia, ela contou que o perfurou no tórax com uma grelha ao reagir a um ataque de faca. O caso foi registrado no DP Sede da cidade como tentativa de feminicídio, homicídio e legítima defesa.

No boletim de ocorrência (BO), consta que a briga começou na madrugada de segunda-feira (30), por volta das 3h, depois que dois amigos do casal deixaram o imóvel, no bairro Vila Julia.

De acordo com o relato da vítima, ambos haviam ingerido bebida alcoólica, e a discussão por ciúme deu espaço à agressão. A mulher disse ter levado um soco no queixo do companheiro, que pegou uma faca e partiu na direção dela.

Como reação, ela disse à polícia ter pego a grelha que estava na churrasqueira e a empurrou contra o peito do homem. O objeto o perfurou e o fez “jorrar” sangue, conforme o relato.

Depois que o companheiro caiu no chão, ela disse ter acionado a Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Assim que os policiais chegaram a dona da casa indicou o local em que o homem havia sido atingido.

Os PMs o encontraram com uma faca em mãos, deitado no chão de um quarto da casa. O médico do Samu que atendeu a ocorrência atestou a morte no local, devido a um ferimento na região do tórax.

De acordo com o BO, a mulher foi levada ao Posto de Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária para avaliação, mas o médico não constatou lesões ou escoriações pelo corpo.

 

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A mulher contou à polícia que estava há seis meses o homem. No entanto, em depoimento, ela pontuou que ele sempre foi agressivo, já tendo sido enforcada por ele em uma ocasião.

Na delegacia, os policiais constataram que o homem já havia sido indiciado duas outras vezes por homicídio tentado — quando o crime não é consumado. Em uma das ocasiões, ele invadiu e ameaçou matar duas mulheres com uma faca, sendo que uma das vítimas estava grávida.

O caso foi apresentado ao delegado de plantão, que entendeu que a mulher agiu em legítima defesa.

 

com informações do g1

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