O anti-feminismo de Sara Winter! Peitos de fora, armas, prisões e o vale-tudo por mídia

By 29 de maio de 2020Vá se tratar

Confesso que relutei em falar sobre a Sara Winter. Ainda acredito que palco e mídia é tudo o que ela deseja, mas já que é isso que ela está conseguindo, optei por dar o palco e a mídia que ela realmente merece. Todos precisam saber quem é Sara Winter, e principalmente, o perigo que ela representa de fato.

A história de Sara começa ainda em 2012, quando ela assumiu a filial brasileira do grupo ucraniano Femen. Na ocasião, Sara fazia suas aparições fantásticas em eventos aleatórios. A guirlanda de flores e os seios de fora viraram sua marca registrada. E antes que comecem a tecer comentários sobre os seios de fora, afirmo de início que naquela atitude, Sara buscava apenas um espaço nos meios de comunicação, nada mais. Não existia mensagem, não existia pauta. O foco era ficar famosa.

não, isso não é femininos. E não estamos falando dos seios de fora.

O Femen original, motivado por suspeita de desvios de recursos, destituiu Sara do cargo e desfez o Femen Brasil. Também surgiram acusações de meninas que, na tentativa de fazer parte do grupo que acreditavam ser feminista, passavam por crivos ultrajantes: precisavam ter boa aparência e seios bonitos.

Nessa mesma época, ela era best friend da Carla Zambelli, ela mesma, a deputada federal. As duas atuavam juntas e coladas e Sara chegou a morar um tempo na casa de Carla. A amizade se desfez e cada uma foi fazer seu próprio show.

Aqui com a ex-BFF Carla Zambelli. Sim, ela mesma

Sara ganhou fama nesse período, mas com a dissolução do Femen, ela procurou outros meios de se manter em alta. Sara se tornou evangélica. Começou a combater o que, em tese, ela defendia. O fato é que Sara jamais foi feminista, jamais defendeu qualquer pauta de direitos das mulheres, e aqui é preciso deixar registrado em caixa alta: SARA WINTER JAMAIS FOI FEMINISTA, ninguém é ex de algo que nunca foi. Mas uma das mais nocivas fake News já estava no imaginário popular, e Sara começou a ganhar dinheiro com palestras motivacionais sobre como o “feminismo tinha estragado sua vida”.

Em 2014, a ativista tentou uma vaga para participar do programa da TV Globo Big Brother Brasil (BBB). No vídeo enviado a produção, ela afirma que defende a luta contra o “machismo em geral” . Na época, afirmou responder por 12 processos criminais de atos obscenos e vandalismo. Também disse que chegou a ser prostituta por 10 meses.

palestras de Sara. Disponíveis no site dela.

A ativista, inclusive, já tentou invadir a Casa de Vidro do BBB em um shopping em São Paulo. Na época, afirmou que tentava fazer com que as pessoas se interessarem por outros temas.

Óbvio que com um perfil desse, incluindo uma tatuagem de apologia ao nazismo (que ela cobriu), ela entrou para o famigerado time de bolsonaristas.

Sara tentou uma candidatura à deputada federal pelo Rio de Janeiro, pensando que a onda conservadora e reacionária iria beneficiá-la. Não foi daquela vez. Mas ela não desistiu.

Em 2019, ela chegou a ser coordenadora de políticas de maternidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro.

Em Brasília, Sara Winter é responsável pelo acampamento 300 do Brasil. O grupo se intitula “o maior acampamento de ações estratégicas contra a corrupção e a esquerda do mundo”.

O acampamento é o principal incentivador dos recentes protestos antidemocráticos na Esplanada a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última quarta-feira (27), Sara foi alvo de busca e apreensão na operação da Polícia Federal que investiga fake News.

Depois de ter seu tablet, notebook e celular apreendidos pela corporação, a youtuber postou um vídeo fazendo ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Nas imagens ela chama o magistrado de “arrombado” e diz que descobrirá tudo sobre a vida dele, incluindo lugares onde frequenta e o nome de funcionários que trabalham na residência dele.

Desde a quarta-feira, Sara implora para ser presa.

Nesta sexta-feira (29), num ato de desespero, Sara comete um dos seus atos mais estapafúrdios na tentativa desesperada em conseguir atenção. Em seu twitter, Sara publica mensagens de whatsapp supostamente enviadas por alguém que a ameaçava. Ela só esqueceu que, quando enviamos a mensagem pelo aplicativo, ela é verde. Até meu sobrinho com seis anos de idade, sabe disso.

Percebendo o ato falho, Sara apagou a postagem, e republicou com o erro corrigido. Ninguém engoliu, óbvio.

Os objetivos de Sara Winter vão muito além da simples defesa de um governo, de uma ideologia. Ela tem problemas sérios de distorção de auto imagem. Não se encontra em definitivo em nenhum projeto. É uma alma perdida em busca de algo que talvez nem ela mesma saiba exatamente o que é.

O fato que nos interessa aqui é o bem coletivo. Ela representa perigo para a sociedade, para autoridades, para pessoas anônimas e principalmente, para ela mesma. É preciso que isso pare, o ovo da serpente já eclodiu.

Taty Valéria

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