Estuprada pelo pai, violentada por pastor! O pesadelo de uma criança vítima dos cidadãos de bem

By 2 de outubro de 2020Machismo mata, Vá se tratar

Ah, os cidadãos de bem…

Em 2019, depois de ter sido estuprada pelo próprio pai, uma menina de 13 anos foi morar provisoriamente com um casal de pastores evangélicos. O que parecia o fim de um sofrimento, se transformou num pesadelo ainda maior.

A menina foi novamente violentada, dessa vez pelo pastor, e com o bônus de ser agredida e torturada pela esposa, como “punição” por ter sido estuprada.

A história veio à tona depois que a Polícia Civil prendeu em Ponta Grosa (PR), o pastor de uma igreja de Mombuca (SP). O caso aconteceu em 2019, em Rafard (SP), segundo a Delegacia de Defesa da Mulher de Capivari (SP), onde ele foi apresentado na tarde desta quarta-feira (30).

O acusado estava foragido há dois meses e, além pastor, atuava como guarda municipal, segundo a corporação.

A operação para a prisão foi realizada em uma parceria entre equipes da polícia paranaense, de Piracicaba (SP) e Capivari, em cumprimento de mandado de prisão preventiva.

Segundo a polícia, a menina ficou na casa do indiciado do final de 2019 até julho de 2020 porque ele havia solicitado a guarda provisória dela em 2019, após a vítima também ser estuprada pelo pai, dos 9 aos 12 anos de idade. O pai está preso há seis meses.

Em agosto, a adolescente voltou para a casa de sua mãe, que percebeu comportamentos estranhos entre a garota e o pastor, ainda conforme as investigações.

“Vitimou tanto ela quanto as duas enteadas e, posteriormente, ele estava já com a guarda provisória desta adolescente e os abusos ocorreram tanto na casa deles como quando a guarda passou para a mãe”, relatou a delegada Maria Luísa Rigolin.

A esposa do pastor também é acusada de torturar a menina. De acordo com informações, ela praticava tortura física e psicológica. A menina era impedida de sair do quarto e era obrigada a ler a bíblia como punição por ser estuprada.

A investigação sobre a conduta do acusado continua. Testemunhas da igreja já foram ouvidas e outras adolescentes próximas do convívio dele também devem ser chamadas para prestar depoimento.

“Ele está em um processo de demissão [na Guarda Municipal] porque ele está há mais de 30 dias sem comparecer no serviço”, explicou a delegada. Não foi informada a cidade onde ele atuava como agente de segurança.

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