Caso Mariana Ferrer ganha as ruas da Paraíba em manifestações neste final de semana

By 5 de novembro de 2020Justiça, Lute como uma garota

O caso de Mariana Ferrer, que você viu aqui, gerou indignação e revolta em todo país. Aqui na Paraíba, duas manifestações irão às ruas próximo sábado (7), em apoio à jovem.

Em Campina Grande, a ação acontece a partir das 9h, na Praça da Bandeira. Em João Pessoa, o ato está marcado para às 15h, na Praça da Paz, nos Bancários.

Assim como o protesto do #EleNão, realizado antes das eleições de 2018, as manifestações em apoio à Maria Ferrer começaram de forma espontânea a partir das redes sociais. Joseni Santos, estudante do curso de Geografia pela UFCG, e uma das organizadoras do ato em Campina Grande, afirma que foi através do Instagram que tomou conhecimento da mobilização pelo país.

“Assim como eu, a maioria das mulheres que estão no movimento estavam acompanhando o caso da Mari Ferrer. Esse ano, com o desenrolar do julgamento, a sentença e as múltiplas violências que ela sofreu no processo, ocasionou uma dor generalizada. comecei a comentar nas publicações das páginas que estavam repercutindo o caso para não deixarmos isso assim, que precisávamos sair do comodismo, que não poderíamos aceitar essa sentença. E fui comentando nos comentários dos outros e eu não era a única com a mesma sede por justiça, então outra menina (eu não lembro o nome) me respondeu falando de uma página Na Rua Por Mariana Ferrer que estava começando a organizar um movimento”, afirma.

Ainda de acordo com Joseni, a mobilização está sendo organizada pelo Whatsapp e pelo Instagram. “São dois grupos gerais em que as pessoas vão se encontrando e procurando suas cidades; um grupo nacional dos coordenadores; e os grupos individuais de cada cidade. No grupo dos coordenadores são discutidas as pautas principais e padrões, e nos individuais, são discussões da organização local”

O objetivo dos protestos é que a sentença seja revogada em segunda instância; que um novo juiz seja designado para o caso;
a punição exemplar e adequada ao advogado de defesa do réu, ao promotor do caso e ao juiz. Mas especialmente, a principal finalidade do movimento “é combater a ideia de que a vítima é culpada por seja lá o que ela bebeu, vestiu ou fez em sua vida”, diz Joseni, que finaliza:

“Eu, particularmente, me senti tão impotente quanto ela e fiquei muito aflita, com raiva e revoltada”. Que mulher não se sentiu?

Então, programe-se!

Sábado, 7 de novembro:

  • A partir das 9h, na Praça da Bandeira, em Campina Grande
  • A partir das 15h, na Praça da Paz, em João Pessoa.

Use máscara, leve seu álcool em gel e tente manter distanciamento.

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