Nove julgamentos adiados e 24 anos de espera! A história de uma incansável mãe em busca de justiça pelo assassinato da filha

Prestem atenção nessa história:

Em 1996, Gabriela acabou o namoro com Luiz Claudio. Logo depois ela conheceu um novo rapaz e Luiz Claudio ficou sabendo. Ele passou a ligar de forma insistente para Gabriela, até que ela aceitou, e os dois marcaram um encontro. Os dois foram a um bar e depois seguiram para um Apart Hotel, onde Gabriela foi brutalmente agredida até ser arrastada e jogada da sacada do 12º andar.

A defesa de Luiz Claudio sempre alegou que a moça teria cometido suicídio. Desde esse dia, 20 de setembro de 1996, Luiz Claudio aguardou o julgamento em liberdade em função de um habeas corpus que conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF).

Até que nesta quinta-feira (12), 24 anos depois e 9 julgamentos adiados, Luiz Claudio foi finalmente condenado a regime fechado e com o cumprimento imediato da pena de 23 anos e três meses de prisão.

Um júri popular formado por 4 mulheres e 3 homens, decidiu por unanimidade, que o empresário Luiz Claudio Ferreira Sardenberg assassinou a ex-namorada Gabriela Chermont. O crime aconteceu no ano de 1996, em Vitória, no Espírito Santo.

Eroteides Chermont, conseguiu fazer justiça

“É a lei da ação e reação. Ele está tendo a reação adequada para a ação dele. [A condenação] chegou na hora certa. Finalmente, honrada a memória de Gabriela e que ela descanse em paz. Eu não tive dúvida da condenação, nunca tive”, disse a mãe de Gabriela, Eroteides Regattieri.

A versão da defesa do empresário de que Gabriela cometeu suicídio sempre foi confrontada pela família dela. Durante o julgamento, a acusação manteve a tese de que Luiz Claudio bateu em Gabriela e a jogou do 12º andar do prédio. Ele não aceitava o fim do relacionamento.

“Três dias de muita luta. Conseguimos provar que, realmente, o réu é culpado. Ele matou Gabriela de forma fria, calculista, por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Provamos que inúmeras lesões foram causadas antes da queda. Sardenberg, antes de matar Gabriela, ele a torturou. Motivo pelo qual o Conselho de Sentença reconheceu que ele bateu e, na sequência, jogou Gabriela”, disse Cristiano Medina, advogado da família de Gabriela.

Sardenberg deixou o Fórum Criminal de Vitória preso. Ele foi levado em uma viatura da Polícia Militar. A defesa do empresário informou que recorrerá da decisão. “Foi um júri de alto nível. A defesa respeita a decisão do plenário, mas evidentemente vai recorrer”, disse o advogado Raphael Câmara na saída do Fórum Criminal.

com informações da Carta Capital

Leave a Reply

%d blogueiros gostam disto: