Medida protetiva, botão do pânico e tornozeleira eletrônica! Por que nada impede a violência diária contra as mulheres?

By 27 de novembro de 2020Brasil, Machismo mata

Medida protetiva. Botão do pânico. Tornozeleira eletrônica. Esses mecanismos são utilizados nos casos em que mulheres sofrem grave ameaça de vida por parte de ex companheiros. Apesar de necessários e fundamentais, nem sempre garantem a segurança das vítimas. Foi o que aconteceu com uma fisioterapeuta, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A mulher, que não teve a identidade revelada, levou um tiro na cabeça do ex namorado, que logo em seguida, se matou. O caso aconteceu na tarde desta quinta-feira (26), na clínica em que a vítima de trabalhava.

Os motivos que levaram à tentativa de feminicídio ainda não foram totalmente esclarecidos, mas sabe-se que o autor da tragédia estava de tornozeleira eletrônica, escondida por esparadrapos, e que a mulher tinha uma medida protetiva contra ele. Este a teria agredido há algumas semanas.

“A mulher tinha um botão do pânico, para se proteger, mas sequer teve tempo para usá-lo”, diz o tenente Bruno, que atendeu à ocorrência. “O agressor não deu tempo para que ela acionasse o dispositivo”.

Segundo testemunhas, que trabalham na clínica, o agressor tinha feito uma ligação para o local, provavelmente para saber se a mulher estaria lá. Ela teria atendido o chamado e comentou com colegas que achava que era ele.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), no momento em que foi atingida, a mulher estava na recepção da clínica, e em seguida, ele se matou. O local fica em frente ao quartel do Exército, e um médico da corporação correu até à clínica e reanimou a vítima, que estaria sem sinais vitais.  Ela foi levada para o Hospital João XXII, onde está no CTI, em estado grave.
da redação, com Estado de Minas

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