Hoje é o aniversário da Mônica. E ela é feminista sim!

By 21 de março de 2021Lute como uma garota

A Mônica, aquela da turma, a dona de tudo, completa 7 anos todo 21 de março, e neste domingo, vamos celebrar a vida da primeira feminista que muitos de nós conhecemos na vida — e a Mônica “verdadeira” concorda com o elogio à personagem.

“Com certeza, ela é feminista! Muita gente fala mal, diz que ela é agressiva, mas queria ver se fosse um personagem homem. Ela não aceita desaforo. Mulher precisa ter esta postura”, afirma Monica Souza, filha do criador da Turma da Mônica, Maurício de Soza.

E a personagem Mônica não tem esta postura por acaso. O autor cresceu em uma “família matriarcal, onde as mulheres dominavam”; em plena década de 60, sem perceber ou forçar, acabou criando garotinhas empoderadas (as filhas ilustradas e as de carne e osso).

Mas nem toda mulher tem a super força física da Mônica ou um coelhinho azul para atirar nos outros; aliás, incentivar a violência não é a intenção das criações de Mauricio. A questão é que cada mulher pode ser forte à sua maneira para aprender a se posicionar no mundo.

Mônica afirma que o empoderamento das mulheres da sua família começou bem antes. “Minha bisavó [avó de Mauricio] foi mãe solteira naquela época, imagine. Isso vem de família. Assim como ele passou isso para as filhas, criou uma personagem empoderada”.

Dá para perceber que hoje a Mônica tem muito orgulho de ter inspirado a personagem, mas a relação entre as duas nem sempre foi tão fácil. Na adolescência, ela se incomodava com o rótulo de “bravinha”: parecia que nunca ganharia uma discussão por causa disso.

“Qualquer briga, eu era culpada. O que me incomodava era o estereótipo de brava. Com esse ‘carimbo’, me incomodava as pessoas sempre acharem que eu tinha começado a discussão”.

 

 

Baixinha, dentuça e gorducha?

O fato de ser “baixinha” já a incomodou quando era mais nova, com direito a fazer exame para saber se não tinha como crescer mais, mas hoje Mônica é bem resolvida com o próprio corpo e quer inspirar as jovens pelo mesmo caminho de aceitação. “Eu fui chamada de baixinha na escola e fiz exame para ver se dava para crescer, mas já tinha passado da época. Tem jeito? Não tem. Então não vou sofrer. Talvez em outra vida”.

do UOL

 

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