Olimpíadas de Tóquio: em protesto contra sexualização, ginastas alemãs optam por trajes de corpo inteiro

By 26 de julho de 2021Lute como uma garota

A equipe feminina de ginástica da Alemanha optou por usar trajes de corpo inteiro nas sessões classificatórias dos Jogos Olímpicos de Tóquio, neste domingo, 25, em um gesto que, segundo elas, tem como objetivo promover a liberdade de escolha e encorajar as mulheres a usarem roupas que as deixem confortáveis.

A equipe, composta por Sarah Voss, Pauline Schaefer-Betz, Elisabeth Seitz e Kim Bui, competiu em trajes vermelhos e brancos, unindo collant e leggings que iam do pescoço até os tornozelos.

Elas tinham usado roupas semelhantes durante o treinamento na quinta-feira (22) e disseram que poderiam usá-las novamente na competição.

Sarah Voss disse que a equipe discutiu a escolha do traje antes de competir neste domingo e decidiu usar o traje completo. “Ao crescermos como mulheres, é muito difícil se acostumar com nosso novo corpo“, disse a jovem de 21 anos.

A luta de Sarah foi encampada pelas outras alemãs e a mensagem se espalhou. A ginasta brasileira Flavinha Saraiva aprova a iniciativa.

“Não é de hoje, né? A gente já vem lutando por uma causa há muito e muito tempo. Então, ver elas conseguindo conquistar isso, eu me sinto parte da vitória delas também, a gente se sente e elas são uma inspiração para gente”, diz Flavinha.

A luta contra a sexualização das mulheres chegou à maior competição esportiva do mundo, mas isso não é uma novidade em campeonatos internacionais. Protestos similares a esse renderam até multa em outros esportes. A seleção norueguesa de handebol de areia usou short em vez de biquíni no campeonato europeu e teve que pagar o equivalente a R$ 9,2 mil como punição.

Queremos ter certeza que todas se sintam confortáveis ​​e mostramos a todas que elas podem usar o que quiserem e ter uma aparência incrível, uma sensação incrível, seja com um traje longo ou curto.”

Voss disse que a equipe alemã – que também usou trajes de corpo inteiro no campeonato europeu em abril, em um gesto que visava conter a sexualização do esporte – está ansiosa para que a tendência emplaque futuramente.

 

com informações do G1

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