Vendedora da TIM assediada no trabalho, mostra ‘sala da sarrada’: ‘Onde vivi meu pior dia’

Você leu aqui sobre o caso da ex-vendedora de uma loja da Tim que denunciou dois funcionários por assédio sexual e acabou demitida. No relato, ela fala sobre a “sala da sarrada”, local onde os abusos ocorreram. O cômodo, pequeno, tem uma pequena geladeira e microondas, além de uma mesa de trabalho.

Funcionária da TIM é demitida por denunciar assédio sexual no trabalho: “Eu chorava sozinha, com vergonha e medo”

Os dois homens, um deles o gerente, tornaram-se réus pelos crimes de estupro e coação contra uma ex-colega de trabalho. Ambos foram demitidos após a Justiça do Rio de Janeiro aceitar a denúncia do Ministério Público e respondem em liberdade.

O caso aconteceu no dia 15 de abril em uma unidade do Norte Shopping, na zona norte da capital fluminense. À época, Anna Paula Oliveira, de 31 anos, foi demitida por justa causa após abrir um procedimento interno contra eles.

“A TIM esclarece que qualquer decisão tomada com relação a seus colaboradores é sempre feita de forma imparcial e baseada em fatos apurados e documentados”, disse a empresa em nota. Acredita quem quer.

Anna Paula mostrou então, uma foto do local onde relatou ter sofrido aos abusos. “Onde vivi o pior dia da minha vida”, escreveu Anna nas redes sociais – abalada, ela não tem dado entrevistas.

Um dos acusados, considerado pela polícia como o “principal investigado” chegou a intitular o espaço – que combina uma cozinha pequena da loja com uma estação de trabalho – como “sala da sarrada”.

Procurada, a empresa de telefonia negou que a demissão tenha relação com o ocorrido. “A demissão da ex-colaboradora se deve a eventos pregressos vinculados à relação de trabalho e totalmente alheios aos fatos relatados”. Tá certo.

Uma amiga da ex-funcionária da loja, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que Anna tem passado por problemas de saúde após o incidente.

“Ela está muito abalada psicologicamente. Eles [TIM] querem fazer um acordo extrajudicial para que ela não mencione mais o nome da loja. Até agora está desempregada, a base de remédios”, disse a amiga.

No dia 5, o Ministério Publico entregou a denúncia ao Tribunal de Justiça. O juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 37ª Vara Criminal do Rio, aceitou a denúncia na semana passada pelos crimes de estupro e coação no curso do processo. Segundo o TJRJ, o caso está sob sigilo para preservar a vítima.

Na delegacia, a Polícia Civil informou que os dois, agora, ex-funcionários tentaram desqualificar a vítima e negaram os fatos narrados por ela. Apesar disso, no Inquérito Policial, o delegado Deoclécio Francisco de Assis destacou que: “não há dúvidas que os fatos imputados aos indiciados ocorreram”.

 

da redação, com informações do UOL

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