Violência doméstica atinge a cena cultural de João Pessoa e expõe o machismo na Paraíba

By 9 de junho de 2019Machismo mata, Paraiba
123 disque denúncia 

Recebemos, na tarde deste domingo (9), pelo Facebook, um relato de violência doméstica que ocorreu dentro do cenário cultural de João Pessoa.
De acordo com perfil Pogo Pub, Adriano Sterverson, sócio fundador do selo e jornal Microfonia, apresentador do programa Jardim Elétrico na rádio Tabajara e guitarrista da banda Rotten Flies, é acusado de agredir a companheira. Agressões físicas e verbais. Na postagem constam fotos das agressões físicas e uma cópia do Boletim de Ocorrência.
Ouvimos pessoas próximas à vítima e ao agressor e nenhuma delas quis se identificar, mas os relatos convergem para um mesmo sentido, o acusado tem sim histórico de violência que perdurou por todo o tempo do relacionamento com a vítima, que tem medo de se identificar. Além das pessoas ouvidas, os comentários na postagem do facebook também apontam para um comportamento abusivo e agressivo do acusado.
Dentro do cenário musical, a banda Rotten Flies é conhecida pelo repertório antifacista e contra qualquer tipo de preconceito e violência, mas infelizmente os fatos e as testemunhas apontam para outro perfil.
Denunciar crimes de violência doméstica envolve muito mais do que uma simples ocorrência. Envolve afeto e a esperança de uma mudança de comportamento. Envolve o medo do julgamento público que sempre questiona o porquê de não ter denunciado antes, o porquê de ter mantido um relacionamento abusivo. Envolve a quebra do conceito de união que existia até então. Quando se fala de pessoas públicas, todos esses sentimentos são superdimensionados.
Entramos em contato com o acusado, Adriano Sterverson, que afirmou ter se defendido de supostas agressões por parte da companheira, que era ela quem o agredia com frequência e nega qualquer acusação de violência nesse ou em qualquer outro momento. Enquanto jornalista que busca sempre a informação correta dos fatos, é minha obrigação ouvir todos os lados.
Mas enquanto feminista e ativista pelos direitos das mulheres não posso me furtar do fato de que é extremamente comum, por parte dos homens, agir de forma abusiva e violenta e esperar uma reação da parceira que justifique um revide.
Em respeito à vítima, não divulgaremos as fotos das agressões, embora elas estejam disponíveis na rede.
Esperamos que esse crime seja apurado de forma ágil, que a verdade prevaleça e que haja justiça.
Veja postagem na íntegra aqui.

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