Deputada defende Programa Estadual para reduzir índice de mortalidade materna na Paraíba

By 28 de maio de 2019Paraiba

No Dia de Luta Nacional pela Redução da Mortalidade Materna, comemorado nesta terça-feira, 28 de maio, a deputada estadual e presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa, Camila Toscano (PSDB), defendeu a adoção de um Programa Estadual, que concentre medidas que diminuam os índices de morte e de maus tratos às mulheres grávidas e que seja desenvolvido em parceria com os municípios. Na Paraíba, segundo dados do Observatório da Criança, da Fundação Abrinq, a cada 10 mil bebês que nascem vivos no Estado, 87,4% das mães morrem por conta de problemas no parto. O índice é 150% superior ao aceitável pela Organização Mundial de Saúde (ONU).

“Faltam pré-natais acessíveis e de qualidade, maternidades com estrutura para atendimento adequado e assistência ao parto feita por profissionais capacitados, empáticos e em número suficiente para um olhar cuidadoso e atento. Muitas mulheres ainda são vítimas de violência obstétrica e precisamos superar muitas dificuldades na hora da chegada dos filhos. É preciso um programa que reúna uma política única para a diminuição desses números e ofereça condições dignas para as mulheres”, defendeu Camila.

No Brasil, em 2018 ocorreram 44 mortes maternas para cada 100 mil partos no Brasil, contra 14 nos EUA e três na Finlândia. “O mais assustador é que 92% destas mortes são evitáveis e, para cada morte, outras 30 mulheres quase morrem e ficam com sequelas”, comentou a deputada.

Camila Toscano lembrou ainda que, conforme o Data SUS, 60% dos partos que acontecem no Estado são concentrados em João Pessoa e em Campina Grande e 116 municípios da Paraíba não realizam esses procedimentos. “Quem não lembra do governador Ricardo Coutinho bradando, ainda na campanha, que os paraibanos iriam voltar a nascer nas suas cidades, sem precisar que suas mães se deslocassem para outros municípios para dar a luz? Infelizmente essa promessa não saiu do papel e falta infraestrutura e profissionais para possibilitar que isso aconteça”, lamentou.

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