Após cinco meses, mãe reencontra filha sequestrada pelo pai nigeriano

By 21 de junho de 2019Brasil, Lute como uma garota

Laurimar e sua filha

Após cinco meses de angústia, a mineira Laurimar Pires Ferreira está voltando da Nigéria com a filha de nove anos que havia sido sequestrada pelo pai. Michael Akinruli foi preso nesta segunda-feira (17), em Lagos, capital do país africano. “Ele estava a cerca de dez quilômetros de Laurimar, que foi atrás da filha na Nigéria”, disse a advogada Nádia de Castro Alves, que representa a brasileira.

De acordo com o Fórum Lafayette em Belo Horizonte, Michael Akinruli teve autorização judicial para viajar com a filha Atinuke no dia 9 de janeiro, mas eles deveriam ter voltado ao Brasil no dia 3 de fevereiro. Após o prazo determinado pela Justiça, a advogada dele mandou um e-mail para Laurimar.

O texto informava que Akinruli tinha entrado com um processo de guarda da criança na Nigéria e que já havia encaminhado a matrícula da filha em uma escola. A mãe, então, acionou a Justiça brasileira.

No início de abril, o TJMG suspendeu a guarda compartilhada. A mãe, desde então, tem a guarda exclusiva da menina. Um inquérito foi instaurado e no início de maio, o nigeriano teve a prisão preventiva decretada pelos delitos de subtração de incapaz, desobediência e falsidade ideológica.

Akinruli foi preso pela polícia local com a ajuda da Interpol. A menina foi encontrada com ele. A princípio, o consulado brasileiro em Lagos ficou com a custódia dela. Dois dias depois da prisão, Akinruli assinou autorização para que a guarda fosse transferida para Laurimar.

Mãe e filha devem chegar ao Brasil na noite desta sexta-feira (21).

De janeiro a abril, Laurimar disse que conseguiu falar com a filha, por telefone, poucas vezes. Em conversas gravadas pela mãe, a menina alegava estar bem.

Em maio, foi emitido alerta vermelho pela Interpol para possibilitar a captura e eventual extradição do nigeriano. Na época, Michael Akinruli disse que só iria se pronunciar judicialmente.

Segundo a Justiça, o pai da menina vivia no Brasil há mais de dez anos, era empresário registrado na Junta Comercial de Belo Horizonte, Presidente do Instituto Iorubá e mestrando em Relações Internacionais na PUC Minas.

No fim de maio, Laurimar disse ao MG2 que estava desesperada para encontrar a filha. Ela viajou para a Nigéria na esperança de levá-la de volta ao Brasil.

“Eu só quero ter o direito de ser mãe da minha filha. Não é demais pedir isso. Ela tem uma família estruturada no Brasil e agora ela está desaparecida, eu não sei mais o que fazer. Só quero minha filha de volta”, disse a mineira na época.

do G1/MG

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