Paraíba é exemplo na proteção das mulheres e denúncia de agressores por importunação sexual

By 3 de julho de 2019Machismo mata, Paraiba
Promotora Caroline Franca

De acordo com o levantamento realizado pela campanha ‘Não é Não, também no São João!’, do Ministério Público em parceria com a Câmara de João Pessoa, 47 mulheres tiveram proteção da Justiça no período junino em João Pessoa e Campina Grande.
São números considerados altos e eles apontam uma mudança de comportamento significativa: as mulheres estão se sentindo mais seguras em denunciar e as pessoas estão deixando de ser omissas. Não se trata necessariamente do aumento dos casos, eles sempre estiveram lá. 
Existe um consenso entre os estudiosos, pesquisadores e profissionais que trabalham com o tema da violência contra à mulher vai muito além da segurança pública. O combate à violência de gênero deve começar com uma mudança cultural, com ações de educação e conscientização, e foi exatamente esse o papel dessa campanha, que registrou 42 prisões em flagrante e a aplicação de 47 medidas protetivas na Região Metropolitana de João Pessoa e em Campina Grande, durante o período de festas juninas.
A iniciativa do Ministério Público da Paraíba (MPPB) com apoio da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), entre outros órgãos e entidades, se estende até dia 7 de julho.
“Esse pré-levantamento indica que 47 mulheres tiveram seus direitos protegidos e preservados perante a polícia e o Poder Judiciário, no período de festas juninas. São casos em que as mulheres buscaram a Justiça. De janeiro a maio de 2019, foram contabilizados dois mil inquéritos só na Região Metropolitana de João Pessoa e em Campina Grande, ou seja, duas mil ações criminais relacionadas à violência contra a mulher. É um número muito alto ainda”, confirmou a promotora Caroline Franca.
Segundo a promotora, o trabalho em prol dos direitos femininos continuará ao longo do ano. A expectativa é de que sejam abordadas outras temáticas, como a prevenção da agressão e do assédio moral, inclusive no trabalho. Além disso, buscando não apenas punir, mas evitar a reincidência de casos, outras ações também vão focar na conscientização dos possíveis agressores.
com informações da Câmara Municipal/JP

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