Escuta as Minas! Spotify Brasil inaugura espaço para impulsionar carreira musical das mulheres

By 9 de julho de 2019Brasil, Lute como uma garota


Não é segredo para ninguém que as mulheres têm feito o que há de mais interessante na música, inclusive a brasileira, há algum tempo.

Na nossa com os 50 melhores discos de 2018 do site Tenho Mais Discos que Amigos as principais posições trouxeram projetos liderados por mulheres, e em festivais como o Se Rasgum, por exemplo, nós vimos de perto que a revolução é feminina.

Ainda assim, os longos anos de machismo ainda têm um impacto gigantesco na indústria do entretenimento e, por consequência, na música, e iniciativas como a que vamos mostrar agora são mais que necessárias.

Na última semana o TMDQA! esteve ao lado de colegas de imprensa, na Casa de Música “Escuta As Minas”, inaugurada pelo Spotify Brasil para não apenas celebrar a arte feita por mulheres como também empoderar e impulsionar as carreiras das artistas que passarem pelo projeto.

Por lá foi criado um ambiente 100% feminino, com mulheres tocando a parte técnica, de produção e de divulgação, e um estúdio incrível foi montado para que 12 selecionadas para o projeto gravem os seus sons e saiam de lá com todo apoio para divulgá-los ao mundo.

Não apenas estão na casa instrumentos como guitarras Gibson Les Paul Standard 1996 Sparkling Orange, Fender Stratocaster 1963 Surf Green, Gretsch White Falcon e Fender Jazzmaster 1976 Sunburst, um órgão Hammond L100 e um piano elétrico Fender Rhodes Suitcase 1976, como também são disponibilizadas equipes que irão produzir, gravar e finalizar músicas com as quais as artistas sairão de lá tendo 100% dos seus direitos.

Após a gravação, inclusive, a própria equipe do Spotify irá orientar as artistas a respeito das possibilidades de distribuição, desde fazer a ponte com empresas e selos até mostrar como é possível fazer barulho sendo independente.

A Casa de Música “Escuta As Minas” já está funcionando e vai ficar ativa por seis meses na Vila Madalena, em São Paulo, encerrando as atividades ao final do ano.

Sendo assim, quando estivemos lá os trabalhos estavam a todo vapor, e vimos de perto tanto as equipes de mídia e marketing (100% femininas) trabalhando em um dos cômodos da casa para divulgar o projeto, como uma das selecionadas, Bibi Caetano, gravando vozes e acompanhando de perto os trabalhos de produção.

Outra mulher que participa do #EscutaAsMinas e inclusive já gravou por lá é a Souto MC, rapper com ascendência indígena que na ocasião falou a respeito da sua carreira, do seu trabalho, das aspirações que tem em relação à sua arte e mostrou uma música gravada na Casa em primeira mão.

Misturando elementos indígenas com batidas modernas, ela apresentou suas rimas e uma voz incrível dando um gostinho do que teremos por aí ao final desse projeto.

As outras dez selecionadas são 1LUM3, Ni Munhoz, Barbara Amorim, LUDI, Marujos, Urias, Nina Oliveira, Samantha Machado, The Mönic e Luana Marques.

Equipe do Spotify Brasil explica o projeto Escuta As Minas

Inscrições

Em Setembro o projeto irá abrir inscrições para que outras 12 mulheres participem e a seleção será feita por uma equipe de mulheres que já está fazendo iniciativas incríveis acontecerem há algum tempo, com Monique Dardenne, Camila Garógalo (SÊLA), Bia Rizzini, Letícia Tomás (PWR Records), Flavia Biggs (Girls Rock Camp) e a equipe do Spotify Brasil.

Estilos Musicais

Vale ressaltar que a ideia é que a seleção seja a mais diversa possível, e na coletiva a equipe do Spotify Brasil disse que do Rock até o Gospel passando pelo Hip Hop, artistas de diferentes áreas serão chamadas e gravadas por lá.

Isso, inclusive, irá criar situações em que artistas, produtoras e curadoras sairão de sua zona de conforto, tendo mulheres conhecidas pelo seu trabalho no Rock, por exemplo, selecionando e trabalhando com artistas do Sertanejo.

Na parte técnica, teremos Lahn Lahn, Mahmundi, Florência Akamine (mixagem e masterização), Bia Paiva (técnica de som), Lilla Stip (engenheira de som) e Allyne Cassini (engenheira de som).

Já como “madrinhas” do projeto, Negra Li, Priscilla Alcântara, MC Pocahontas e Maiara & Maraísa abraçarão a Casa Musical fazendo visitas esporádicas ao local tanto para conversar com as jovens artistas participando do projeto quanto para ouvir o que está sendo produzido por ali.

Nosso desejo é que ao final dos seis meses o projeto tenha novas rodadas de alguma forma e possa continuar proporcionando equipamentos e situações de primeira para artistas tão talentosas que merecem oportunidades de empoderamento.

Do TMDQA!

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