Escritórios frios prejudicam produtividade das mulheres e você precisa saber disso urgente

By 15 de julho de 2019Brasil


O ar-condicionado é um aparelho que traz muito conforto, mas também muita discórdia nos ambientes de trabalho. Muitos fatores podem interferir na preferência da temperatura, como tecido adiposo, sensibilidade com o frio ou com o calor, entre outros. Uma pesquisa americana resolveu entrar no debate e descobriu que o fato de ser homem ou mulher  também pode ter relação com os pedidos para se mudar a temperatura do ar. De acordo com a pesquisa, as mulheres podem ter uma produtividade menor em salas mais frias.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores pediram a 500 pessoas que fizessem testes de matemática, problemas de lógica e a alguns exercícios verbais em um período de uma hora. Entre os exercícios, estavam problemas matemáticos considerados simples e resolvidos sem calculadora, questões de lógica e formação do máximo de palavras com algumas letras. Primeiramente, o teste foi feito com todo o grupo em uma sala com temperatura variável entre 16º C e 32º. Nessa rodada de resultados, os pesquisadores  não verificaram diferenças substanciais.

A segunda fase da pesquisa se constituiu em dividir os dois grupos por gênero e diferentes temperaturas. Foi nesse teste que se observou uma diferença entre os participantes. Os homens tiveram maior sucesso nos exercícios de matemática e formação de palavras quando a sala estava em uma temperatura menor do que as mulheres – fator não observado quando a temperatura era a mesma.

As pontuações nos problemas lógicos não variaram à medida que as temperaturas mudavam, mas os resultados dos testes de matemática e verbais variam. Para cada aumento de 1,8 graus, as notas de matemática feminina subiram 1,76%. “Quando a temperatura estava abaixo de 70 Fahrenheit (22°C) as mulheres  resolviam, em média, 8,31 tarefas de matemática corretamente. E quando a temperatura estava acima de 80 Fahrenheit (27°C), elas resolveram 10,56 tarefas”, disse disse Agne Kajackaite, pesquisadora de economia comportamental do Centro de Ciências Sociais WZB de Berlim, na Alemanha, e autora do estudo.

A descoberta do estudo foi de que há uma temperatura na qual os resultados entre homens e mulheres são uniformes. A justificativa mais aceita é o fato das mulheres terem mais receptores ao frio na pele. Entram nessa conta, também, o período hormonal, que pode impactar a temperatura corporal em entre 0,5 e 0,8 graus. A hipótese é que o organismo das mulheres utiliza mais energia para regular essas temperaturas do que efetivamente para o trabalho.

Apesar disso, o estudo ainda é inicial e carece de mais confirmações. O período de uma hora é insuficiente para avaliar a rotina e outras variáveis que podem interferir na equação, sobretudo porque normalmente ficamos muito mais tempo nos ambientes de trabalho. O que se sabe, contudo, é que os aparelhos foram projetados para atender a um padrão de comportamento masculino dos, de acordo com outra pesquisa norte-americana.

Do Diário Digital

Leave a Reply

%d blogueiros gostam disto: