Lute como essas meninas: Estudantes criam ‘micro-ondas ao contrário’ capaz de gelar bebidas em até um minuto

By 24 de julho de 2019Lute como uma garota

Três adolescentes do Distrito Federal, alunas de uma escola pública da região do Gama, começaram a desenvolver um produto capaz de refrigerar uma lata de bebida em até 1 minuto. A invenção foi chamada de “micro-ondas ao contrário”, ou ColdStorm.

Adrielle Dantas, Gabrielly Vilaça e Raffaella Gomes estudam no Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (CEMI) e iniciaram o projeto em 2017. Para fazer o protótipo, elas usaram lixo eletrônico, Coolers de computadores (que servem para evitar que os processadores superaqueçam) e pastilhas Peltier (que são coolers termoelétricos para aquecer e esfriar objetos) são a base da invenção.

No ano passado, as meninas participaram do Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal e da exposição de ciências da escola e foram classificadas para levar o “micro-ondas ao contrário” para a Exposição de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Educação (EXPOCETI), em Pernambuco.

Durante a EXPOCETI – que aconteceu entre 24 e 30 de junho – o projeto desenvolvido por elas recebeu várias premiações. Adrielle, Gabrielly e Raffaella ganharam o primeiro lugar na área de engenharia e receberam certificado de destaque da Faculdade Imaculada Conceição de Recife e da World International Fairs Association (WIFA).

Além disso, as estudantes voltaram para casa com uma carta de credenciamento para a Muestra Cientifica Latino-americana (MCL), em Trujillo, no Peru. O encontro vai ocorrer entre os dias 9 e 15 de setembro.

Chances de mercado

Para participar da mostra no Peru, o trio precisa finalizar o ColdStorm. No entanto, uma das desenvolvedoras do projeto, Gabrielly Vilaça, disse que o grupo ainda não tem dinheiro para o protótipo e para arcar com os custos da viagem.

“Após a EXPOCETI, surgiram várias ideias para melhoria baseadas em sugestões de avaliadores”, diz a estudante. Para pôr em prática as recomendações, elas criaram uma vaquinha online.

“Estamos focadas em duas coisas: reconstrução e melhoria do protótipo e arrecadação de fundos para pagar a viagem ao Peru.”

Para a professora do CEMI, Maria Zilma Conceição de Araújo, que acompanha a criação do “micro-ondas ao contrário”, a invenção das estudantes tem futuro.

“Comercialmente falando, acredito que o ColdStorm tem potencial de mercado. Principalmente por conta da economia energética que é a proposta final do projeto.”

De acordo com Maria Zilma, as estudantes têm combinação perfeita de perfis. “As meninas são curiosas, estudiosas e estão cientes dos desafios que tem que enfrentar”, afirma.

do G1/DF

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