Jovem espancado por ser gay piora, vai pra UTI e detidos confirmam ataque motivado por homofobia

By 23 de agosto de 2019Fora do Armário, Paraiba

Piora o estado de saúde do rapaz espancado no último final de semana, no município de Pilões. José Antonio Ferreira da Cunha, 30 anos, foi vítima de um assalto seguido de agressão. O crime sofre agravante pelo fato da vítima ser homossexual, e de acordo com a delegada Maria Soledade, responsável pela prisão dos suspeitos, a condição da sexualidade contribuiu para a violência na agressão.

Internado na área laranja do Hospital de Trauma, em João Pessoa, José Antônio, conhecido como Dedinha, sofreu traumatismo craniano encefálico e estava em coma induzido desde a madrugada do domingo (18). De acordo com informações de familiares, a equipe médica estava administrando medicamentos com o objetivo de diminuir o inchaço para possibilitar uma cirurgia.

Dedinha está em estado grave, no Trauma

A assessoria do Hospital de Trauma nos informou que na manhã desta sexta-feira (23) o estado de saúde de Dedinha se agravou e ele foi transferido para a UTI.

Relembre o caso

No último domingo (18), um grupo de três rapazes, sendo dois deles menores de idade, assaltou e espancou José Antonio Ferreira da Cunha durante a festa de emancipação do município de Pilar. O homem foi preso e os menores apreendidos. Leandro Cardoso Lopes será indiciado por tentativa de homicídio e corrupção de menores.

Leandro Cardo Lopes já está preso

De acordo com a delegada Maria Solidade, da Polícia Civil de Alagoa Grande, a vítima estava participando de uma festa quando teria sido atraída para o mercado público pelo grupo, que tinha a intenção de roubá-lo.

Ainda segundo a PC, os suspeitos queriam os R$ 300 que a vítima teria ganho em um sorteio. “O homem foi brutalmente agredido pelo trio. Eles usaram pedaços de madeiras para espancar a vítima, que é homossexual. A condição da sexualidade dele contribuiu para agressividade dos golpes”, disse.

Até a última segunda-feira, nenhum familiar de Dedinha havia comparecido ao Hospital de Trauma, e foi graças ao trabalho realizado pelo Espaço LGBT que os parentes foram localizados. Victor Pilato, coordenador do Espaço, afirmou que uma equipe esteve no Hospital de Trauma no sentido de acompanhar o caso e prestar assistência jurídica e psicossocial”.

Taty Valéria

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