Turbulência emocional, o fim de relacionamento e a fuga comendo para amenizar a dor

By 6 de novembro de 2019Sem categoria


O fim de um relacionamento é um verdadeiro ritual de passagem. Livrar-se de todas as rotinas, incluindo a alimentar, pode significar o início de hábitos mais saudáveis ou o momento “pé na jaca”. A comida acaba sendo para muitos o canal de escape para superar os momentos mais difíceis, tanto que criou-se a lenda de que o término de relacionamento faz a pessoa engordar.

Nas comédias românticas, um pote de sorvete ameniza a dor de um término de relacionamento. E pelo visto, não há motivos para se culpar pela atitude. Um estudo recente da Universidade Estadual da Pensilvânia aponta que, apesar da turbulência emocional, em média, as pessoas não costumam relatar ganho de peso após uma separação desagradável.

Para chegar a essa conclusão, foram conduzidos dois questionários. No primeiro, os pesquisadores recrutaram 581 pessoas para responder se haviam passado recentemente por uma separação e se ganharam ou perderam peso dentro do ano que se seguiu. Como 62,7% dos participantes relatou não ter passado por nenhuma mudança de peso, decidiram realizar um estudo adicional.

Para o segundo estudo, foram selecionados 261 novos participantes. A nova pesquisa ia mais fundo e questionava se o relacionamento em questão era de longo prazo, quão comprometido, quem iniciara o rompimento, se os participantes tendiam a comer emocionalmente e o quanto eles desfrutavam de comida em geral. Novamente, a maioria relatou nenhuma mudança de peso após o término – 65,13% deles.

“Pode ter feito sentido para nossos ancestrais acumularem gordura após o rompimento, por se sentirem em apuros sem um companheiro de caça. Mas ainda que o humano moderno afogue suas mágoas em sorvete por um ou dois dias, ele não tende a ganhar peso após um rompimento”, afirma Marissa Harrison, psicóloga que conduziu a pesquisa. “A única evidência encontrada é que algumas das mulheres que já tinham uma tendência a comer emocional ganharam peso após o término, mas mesmo isso não era comum.”

Com a revista Casa e Jardim

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