Elas quebraram o padrão, produzem e desfilam com as próprias joias de bambu

By 21 de novembro de 2019Lute como uma garota

Olha que história espetacular. A criatividade e o empreendedorismo dessas mulheres mudaram suas vidas e empoderaram essas bambuzeiras.

Ao calor do maçarico, os bambus ganham forma, transformam-se em joias e mudam a vida de sete mulheres no ateliê Cerbambu em Ravena, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As hastes ganham curvas e contornos tais quais as trajetórias de Ana Cristina da Silva, de 39 anos; Cristiane Viríssimo, de 33; Ludmila de Oliveira Veiga Romualdo, de 30; Rosângela Valéria, de 47; Sônia Helenita da Silva Pinto, de 40; Romência Márcia do Nascimento, de 36 anos; e Marlene Gonçalves de Oliveira, de 53.

As bambuzeiras encontram na produção das joias fonte de renda, ponto de equilíbrio para o dia a dia e a possibilidade de superar situações de vulnerabilidade. “Percebi que tinham talento e toparam essa ideia de fazer mudança na vida. Elas estão trocando a profissão de faxineiras por donas de fábrica de biojoias. Dão um banho de design e sustentabilidade quando elegem o bambu, recurso renovável, como matéria principal das biojoias”, afirma o artista Lúcio Ventania.

Além de produzir as joias, as mulheres foram as modelos que as apresentaram em desfile na terça-feira, véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado ontem. Os cabelos ganharam tranças – preparados por profissionais da NewDread Studio Afro – e os modelitos que vestiram foram idealizados pelo estilista Luciano Castro. “Quebramos o padrão. Não tem que ser magra para ser modelo. Somos nós mesmas”, conta Ana Cristina.

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