Os ratos saíram do esgoto: por que tanto medo de um homem sozinho com uma suástica?

By 16 de dezembro de 2019Vá se tratar
Imagina que você saiu com os amigos pra tomar seu sagrado chopp de fim de semana e dá de cara com um homem usando uma braçadeira com uma suástica. No Brasil.
O caso aconteceu em Unaí, em Minas Gerais, no Booteco Bar e Restaurante, madrugada do último sábado e viralizou nas redes sociais. Imagens em vídeo registram a presença de uma viatura da PM no local e mostram os policiais conversando com um homem, em pé, supostamente funcionário do estabelecimento ao lado da mesa onde estava o rapaz com a suástica. Em nenhum momento do vídeo, o cliente é abordado pelos militares.
Depois que a viatura deixa o local, o homem de uniforme conversa com o cliente.
Se você ainda não sabe, apologia ao nazismo é considerado crime pela lei brasileira, e nem precisa acontecer violência. O parágrafo 1º do artigo 20 da Lei 7.716/1989 prevê pena de reclusão de dois a cinco anos para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
A questão aqui vai além de um cara sentado num bar usando uma braçadeira com uma suástica. Ele estava lá sentado, sozinho, e até onde se tem notícia, não falou com ninguém. Mas o simbolismo daquele gesto representa algo de doentio em nossa sociedade.
O caso aconteceu bem longe de João Pessoa, mas quando lembramos que existe uma célula nazista aqui, na capital da Paraíba, é preciso ligar a luz de alerta.
Além da loucura em morar na Paraíba e, por algum motivo que ultrapassa os limites do bom senso, criar uma célula nazista, é preciso se dar conta que estamos todas e todos à mercê de pessoas que se acham no direito de fazer sabe-se lá o quê. Dá medo só de pensar.
Taty Valéria

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