Os dolorosos casos de mulheres que, após perderem um filho, sequestram crianças

By 15 de janeiro de 2020Brasil

Uma criança de dois anos foi resgatada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas imediações do bairro de Porto Seco Pirajá, localizado em Salvador, na manhã da última segunda-feira, 13. De acordo com informações do órgão, a mãe noticiou o desaparecimento do filho através das redes sociais.

Quando encontrada com a criança, a adolescente apresentava sinais de desestabilização emocional. Segundo a PRF, a jovem trabalhava em um estabelecimento de propriedade da mãe. A mulher relatou à polícia que a atitude da jovem provavelmente teria sido motivada em virtude de um aborto recente que havia sofrido, o que causou forte abalo emocional.

Após receberem a informação de que foram visualizadas duas crianças em situação de risco no bairro de Porto Seco Pirajá, a PRF encontrou a jovem ainda carregando o bebê. Quando questionada, ela informou que seria seu filho, porém, em seguida, apresentou informações desencontradas e relatando, ainda, ser usuária de drogas.

A jovem foi conduzida até o Conselho Tutelar local, onde foi registrada a ocorrência para fins de aplicação das medidas protetivas previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O desaparecimento da criança já havia sido registrado na delegacia de Polícia Civil.

Não são raros os casos de mulheres que, após perderem um filho, sequestram crianças.

Em Apodi, RN, uma mulher sequestrou um bebê recém nascido quando foi ao hospital fazer exames de rotina. Ela se arrependeu logo depois e ligou para a polícia. A mulher havia sofrido um aborto espontâneo a menos de 15 dias.

Caso semelhante aconteceu em Penedo, Alagoas. A polícia chegou à casa da mulher depois de uma denúncia anônima. E Taguatinga, cidade satélite de Brasília, uma estudante se passou por enfermeira e sequestrou um bebê recém nascido depois de sofrer um aborto.

Um estudo de 2011 realizado no Reino Unido sugere que 20% das mulheres que sofrem um aborto espontâneo passam a sofrer de depressão, e os impactos podem ser duradouros, sendo que 13% podem apresentar sintomas de depressão mais de três anos depois da perda.

da redação, com informações do jornal A Tarde

Leave a Reply

%d blogueiros gostam disto: