‘Rainha da Suástica’, ‘noiva da intolerância’ e Bolsonaro doce! A hora e a vez de ter medo de Regina Duarte

By 21 de janeiro de 2020Vá se tratar
quem tem medo sou eu

A atriz Regina Duarte diz que começa hoje um período de testes na Secretaria Especial de Cultura. “Nós vamos noivar, vou ficar noiva, vou lá conhecer onde eu vou habitar, com quem que eu vou conviver, quais são os guarda-chuvas que abrigam a pasta, enfim, a família. Noivo, noivinho”, afirmou a atriz à coluna de Monica Bérgamo. É pra rir ou pra chorar?

Bem antes de aceitar fazer um “teste” para se decidir a atriz de 72 anos já vinha se mostrando uma figura conservadora e politicamente de direita. Seu posicionamento nas redes sociais e nas diversas manifestações mostram que ela se alinhou ao movimento de extrema direita já faz um bom tempo.

Quem não lembra da famigerada “Eu tenho medo”?

Dois dias antes do segundo turno que elegeu Bolsonaro, em 2018, Regina Duarte deu uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na ocasião, a atriz contou que havia se encontrado com o então candidato.

“Quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha”, disse, como se isso fosse algum tipo de elogio.

Na mesma entrevista, afirmou que a imagem de Bolsonaro como uma pessoa “truculenta” foi montada por seus opositores.

“São imagens montadas, pois mostram a reação dele, mas não a de quem provocou a reação. É unilateral. Quando souberam que ele ia se candidatar, começaram a editar todas as gravações e também a provocá-lo para que reagisse a seu estilo, que é brincalhão, machão.”

Uma de suas personagens mais marcantes, Malu Mulher, Regina interpretava uma mulher divorciada, em plenos anos 70, que lutava para criar a filha, essencialmente feminista.

O que Malu diria à sua intérprete? Mulher, melhore!

Sobre a secretaria de cultura, Regina afirmou querer unificar a classe artística com o governo.  Inclusive seria uma ótima oportunidade para que a classe artística se posicionasse, enfim.
De qualquer forma, e mesmo prevendo que esse ‘casamento’ termine, assim como os outros quatro casamentos do presidente, a escolha de Regina Duarte para a secretaria demonstra que o governo jogou pra almas a ladainha de escolher uma equipe técnica. Não foi assim quando ele assumiu o governo, um ano atrás, e nada mudou.

Bolsonaro se cerca de quem ele acha que ‘combina’, pessoas que se mostram ‘apoiadoras’, pra não usar um adjetivo chulo. E agora teremos a Rainha da Suástica comandando a cultura do país.
Não tem como dar certo.

Taty Valéria

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