Os tristes números das mulheres negras no Brasil e a incessante busca por ajuda e dias melhores

By 12 de fevereiro de 2020Lute como uma garota

Mulheres negras, desempregadas e com baixa escolaridade. Esse é o perfil dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial em toda Paraíba. O monitoramento, realizado com 37.423 pessoas atendidas em 124 serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), foi conduzido pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Coordenação de Saúde Mental com a colaboração da Residência Multiprofissional em Saúde Mental, da UFPB.

O objetivo do estudo é auxiliar a Rede na garantia e defesa das políticas públicas conquistadas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira. “A apresentação dos dados e sua análise é uma reivindicação em âmbito nacional, estadual e municipal, para que haja prioridade nos investimentos para ampliação e manutenção da RAPS”, disse a coordenadora estadual de Saúde Mental da SES, Iaciara Mendes.

Outro dado é que os usuários do CAPS eram, majoritariamente, de baixa escolaridade, sendo 36% com ensino fundamental incompleto (13.527) e 18% eram analfabetos (6.810), podendo ser este um dos fatores de baixa adesão dessa população a trabalhos formais, que eram apenas 8%.

Quanto à faixa etária, a predominância nos CAPS I é de 31 a 40 anos (22,79%); nos CAPS II e III mais usuários de 41 a 50 anos (27,85% e 25,62%, respectivamente), enquanto que nos CAPS AD/AD III, a maior quantidade de pessoas tinha entre 18 e 30 anos (30,48%). Já no CAPS Infanto-juvenil, a idade que mais predominou foi entre 11 e 14 anos (32,06%).

Maiores vítimas, mulheres negras procuram ajuda

Um estudo exclusivo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) para o Alma Preta mostra que 61% das vítimas de feminicídio, homicídio motivado pelo fato de a vítima ser mulher, no país são negras. A porcentagem de não-negras é de 39%.

As mulheres negras também são as principais vítimas de violência doméstica, violência obstétrica, são a categoria que ganha menos e estão entre o maior número de pessoas desempregadas.
O relatório aponta, ao menos, que elas estão procurando ajuda.

confira o relatório na íntegra: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/relatorio-do-monitoramento-da-rede-de-atenacao-psicossocial-na-paraiba-2018-2.pdf

da redação, com SECOM/PB

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